Transferência de conhecimento e suas armadilhas na extensão universitária brasileira
A ideia de transferência de conhecimento sempre esteve presente na relação entre universidade e so-ciedade. A noção de que a universidade deveria oferecer às classes populares o conhecimento que produz está na origem do termo extensão e segue presente em toda a sua trajetória histórica. Este artigo...
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Universidade de Sorocaba
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doaj-ea28f625a0a0440b932556086503b57d2020-11-24T22:34:16ZengUniversidade de SorocabaAvaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior1982-576522240341910.1590/s1414-40772017000200008S1414-40772017000200403Transferência de conhecimento e suas armadilhas na extensão universitária brasileiraLais Silveira FragaA ideia de transferência de conhecimento sempre esteve presente na relação entre universidade e so-ciedade. A noção de que a universidade deveria oferecer às classes populares o conhecimento que produz está na origem do termo extensão e segue presente em toda a sua trajetória histórica. Este artigo tem como objetivo explorar a relação entre extensão e transferência de conhecimento a partir da análise das influências internacionais na extensão universitária brasileira. A literatura sobre extensão no Brasil reconhece duas influências internacionais na prática extensionista no país: as Universidades Populares europeias e os Land Grant Colleges dos EUA. A essas duas influências soma-se o movimento reformista de Córdoba como marco da origem da extensão no Brasil. Inicialmente são abordadas as três influências internacionais na extensão universitária no Brasil e a maneira como a ideia de transferência de conhecimento aparece em cada uma delas. Em seguida, apresenta-se a crítica à ideia de transferência de conhecimento a partir de dois autores referência para a extensão universitária brasileira: Paulo Freire e Michel Thiollent. Por fim, na última seção, analisa-se as três influências diante da crítica à ideia de transferência de conhecimento. Os resultados apresentados sugerem que as influências europeia e dos EUA têm como fundamento a perspectiva da transferência de conhecimento. As universidades populares latino-americanas, por sua vez, parecem apontar para a autocrítica da universidade e para a superação de uma extensão que fomenta uma relação de tutela entre universidade e as classes populares.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1414-40772017000200403&lng=en&tlng=enExtensão universitáriaTransferência de conhecimentoReforma de Córdoba |
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A ideia de transferência de conhecimento sempre esteve presente na relação entre universidade e so-ciedade. A noção de que a universidade deveria oferecer às classes populares o conhecimento que produz está na origem do termo extensão e segue presente em toda a sua trajetória histórica. Este artigo tem como objetivo explorar a relação entre extensão e transferência de conhecimento a partir da análise das influências internacionais na extensão universitária brasileira. A literatura sobre extensão no Brasil reconhece duas influências internacionais na prática extensionista no país: as Universidades Populares europeias e os Land Grant Colleges dos EUA. A essas duas influências soma-se o movimento reformista de Córdoba como marco da origem da extensão no Brasil. Inicialmente são abordadas as três influências internacionais na extensão universitária no Brasil e a maneira como a ideia de transferência de conhecimento aparece em cada uma delas. Em seguida, apresenta-se a crítica à ideia de transferência de conhecimento a partir de dois autores referência para a extensão universitária brasileira: Paulo Freire e Michel Thiollent. Por fim, na última seção, analisa-se as três influências diante da crítica à ideia de transferência de conhecimento. Os resultados apresentados sugerem que as influências europeia e dos EUA têm como fundamento a perspectiva da transferência de conhecimento. As universidades populares latino-americanas, por sua vez, parecem apontar para a autocrítica da universidade e para a superação de uma extensão que fomenta uma relação de tutela entre universidade e as classes populares. |
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