CARACTERIZAÇÃO DO LODO OBTIDO EM MANTA E LEITO DO REATOR ANAERÓBICO DE FLUXO ASCENDENTE E SUBMETIDO AO LEITO DE SECAGEM

<div>O lodo de esgoto é o principal resíduo gerado nas Estações de Tratamento de Esgoto</div><div>(ETE). Os processos de tratamento de lodo visam reduzir o teor de material orgânico</div><div>biodegradável, a concentração de organismos patogênicos e a umidade a fim de s...

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Main Author: Dalila de Souza Santos
Format: Article
Language:English
Published: UFBA 2015-01-01
Series:Revista Eletrônica de Gestão e Tecnologias Ambientais
Online Access:https://portalseer.ufba.br/index.php/gesta/article/view/12803
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spelling doaj-e9ecc5b840324a52a4fb4044b38338c22020-11-24T23:05:57ZengUFBARevista Eletrônica de Gestão e Tecnologias Ambientais2317-563X2015-01-012210.17565/gesta.v2i2.128038638CARACTERIZAÇÃO DO LODO OBTIDO EM MANTA E LEITO DO REATOR ANAERÓBICO DE FLUXO ASCENDENTE E SUBMETIDO AO LEITO DE SECAGEMDalila de Souza Santos0Universidade Estadual de Feira de Santana<div>O lodo de esgoto é o principal resíduo gerado nas Estações de Tratamento de Esgoto</div><div>(ETE). Os processos de tratamento de lodo visam reduzir o teor de material orgânico</div><div>biodegradável, a concentração de organismos patogênicos e a umidade a fim de se obter</div><div>um material sólido e estável, que não constitui perigo à saúde ambiental e que possa ser</div><div>utilizado para fins agrícolas. Nesse sentido, esse trabalho teve como objetivo</div><div>caracterizar parâmetros microbiológicos e físico-químicos do lodo obtido em manta e</div><div>leito de um reator anaeróbico de fluxo ascendente (UASB) e submetido ao leito de</div><div>secagem por três meses, para verificar a possibilidade de utilização deste biossólido na</div><div>agricultura. Para tal, o lodo foi retirado a 4,8 m de profundidade (Lodo A) e a 3,1 m</div><div>(Lodo B) do reator UASB da ETE Contorno em Feira de Santana, que tem 5m de</div><div>profundidade. Foram realizadas três coletas de lodo, com intervalo de um mês. Cada</div><div>coleta de lodo foi submetida ao processo de secagem, em células de leitos de secagem</div><div>em escala-piloto, com dimensões de 1,00 x 2,00 x 1,00 m e área superficial de lm . A</div><div>partir de cada célula de leito foram realizadas seis coletas ao longo de 90 dias (nos</div><div>tempos 0, 7, 15, 30, 60 e 90 dias). A análise dos Iodos consistiu na determinação dos</div><div>sólidos totais, sólidos voláteis, umidade, carbono orgânico total, nitrogênio,</div><div>temperatura, pH, nutrientes (P, K, Mg, Na, Ca, Mn), metais pesados (Cd, Co, Cu, Ni,</div><div>Pb, Zn), lipídios, determinação de coliformes totais e termotolerantes, contagem de</div><div>Enterococos, E. coli, Salmonella spp., Fungos, Clostridium spp e ovos viáveis de</div><div>helmintos. Os resultados indicaram que não há diferença físico-química, microbiológica</div><div>e parasitológica entre o lodo A (4,8m) e o lodo B (3,lm) após o período de secagem em</div><div>leito. As concentrações finais dos nutrientes e metais pesados, bem como a relação C/N</div><div>conferem aos Iodos um potencial agronômico. Os níveis de coliformes termotolerantes</div><div>apresentaram maior redução decimal logarítmica, enquanto o clostrídio e a salmonela</div><div>foram os que mais resistiram ao processo de secagem. Aos 90 dias, as concentrações de</div><div>coliformes termotolerantes foram de 3,66 e 3,50 log UFC/g MS para o lodo A e B,</div><div>respectivamente, enquanto a concentração de salmonela se manteve constante entre 6 e</div><div>7 UFC log UFC/g MS durante todo o período de secagem. Os ovos viáveis de helmintos</div><div>reduziram a valores abaixo de 10 ovos/g MS. A baixa inativação dos micro-organismos</div><div>permite concluir que o processo de secagem de lodo em leitos de secagem é ineficiente</div><div>para redução de patógenos. Os biossólidos gerados em ambos os tratamentos são</div><div>classificados como tipo B de acordo com a Resolução CONAMA 375/06.</div>https://portalseer.ufba.br/index.php/gesta/article/view/12803
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