Tradutores, intérpretes ou promotores de mudança? Cientistas sociais, educação sanitária rural e resistências culturais (1940-1960) Translators, interpreters or change enablers? Social sciences, sanitation and cultural resistances (1940-1960)

Este trabalho objetiva analisar as relações entre ciências sociais e saúde pública no Brasil, privilegiando o papel de sociólogos e antropólogos que se colocaram na posição de "tradutores" entre os profissionais de saúde e as populações rurais objeto da ação de organismos governamentais. E...

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Bibliographic Details
Main Authors: Marcos Chor Maio, Nísia Trindade de Lima
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de Brasília 2009-08-01
Series:Sociedade e Estado
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922009000200008
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publishDate 2009-08-01
description Este trabalho objetiva analisar as relações entre ciências sociais e saúde pública no Brasil, privilegiando o papel de sociólogos e antropólogos que se colocaram na posição de "tradutores" entre os profissionais de saúde e as populações rurais objeto da ação de organismos governamentais. Educação sanitária, saneamento, profilaxia e medicina curativa, medicina preventiva passam a ser percebidos como ações cuja eficiência dependia diretamente do profundo entendimento de um universo mais amplo e complexo que a realidade concreta, ou seja, o universo cultural. Neste ponto reside a posição central dos cientistas sociais no planejamento das ações administrativas voltadas especialmente para a população rural brasileira: o seu conhecimento das questões de natureza sociocultural deveria antecipar e orientar quaisquer intervenções.<br>This study aims to examine the relationship between social sciences and public health in Brazil privileging the role of sociologists and anthropologists who have placed themselves in the position of "translators" among health professionals and rural populations object of government action. Health education, sanitation, prevention and curative medicine, preventive medicine will be perceived as actions whose efficiency depends directly on the deep understanding of a more extensive and complex cultural universe than reality. That is the central position of social scientists in the planning of administrative actions aimed especially at the Brazilian rural population: their knowledge of the socio-cultural in nature should anticipate and guide any interventions.
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