Hemoculturas positivas num Serviço de Urgência Pediátrica: 1995-2005

Introdução: A febre de causa infecciosa é frequente e justifica muitas admissões nos Serviços de Urgência Pediátrica. De entre os exames complementares, por vezes necessários nestas situações, estão as hemoculturas. Objectivo: Analisar as hemoculturas positivas por germens patogénicos no nosso Serv...

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Bibliographic Details
Main Authors: Fernanda Rodrigues, Manuela Costa Alves, Ana Florinda Alves, Luís Lemos
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Portuguesa de Pediatria 2014-08-01
Series:Portuguese Journal of Pediatrics
Online Access:https://pjp.spp.pt//article/view/4645
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spelling doaj-e92103044b334a15ba729766c8ac5bc12020-11-25T02:58:40ZengSociedade Portuguesa de PediatriaPortuguese Journal of Pediatrics 2184-33332014-08-0138210.25754/pjp.2007.4645Hemoculturas positivas num Serviço de Urgência Pediátrica: 1995-2005Fernanda RodriguesManuela Costa AlvesAna Florinda AlvesLuís LemosIntrodução: A febre de causa infecciosa é frequente e justifica muitas admissões nos Serviços de Urgência Pediátrica. De entre os exames complementares, por vezes necessários nestas situações, estão as hemoculturas. Objectivo: Analisar as hemoculturas positivas por germens patogénicos no nosso Serviço de Urgência, nomeadamente os agentes mais frequentes, sua evolução, os respectivos antibiogramas e correlação com alguns dados clínicos. Material e Métodos: Avaliação retrospectiva dos dados microbiológicos referentes aos germens patogénicos isolados nas hemoculturas colhidas em crianças febris, com idade até aos 13 anos, admitidas no nosso Serviço de Urgência entre 1995 e 2005. Análise de dados clínicos referentes aos últimos 6 anos (2000-2005). Resultados: Entre 1995 e 2005 foram isoladas 159 germens patogénicos, sendo os mais frequentes a Neisseria meningitidis (41 casos; 25,8%), Escherichia coli (24; 15%), Staphylococcus aureus (22; 13,8%), Streptococcus pneumoniae (19; 11,9%) e Salmonella spp (16; 10%). Nos últimos 6 anos o S. pneumoniae foi a segunda bactéria mais frequentemente isolada e 88% eram susceptíveis ou tinham susceptibilidade intermédia à penicilina. Todas as estirpes de N. meningitidis eram susceptíveis à ampicilina e não foram encontrados S. aureus resistentes à meticilina. Neste período, 70% das crianças com hemoculturas positivas por germens patogénicos tinham idade inferior a 36 meses e faleceram 3, todas devido a choque séptico. Conclusão: Ao longo dos últimos anos os germens patogénicos isolados em hemoculturas no Serviço de Urgência, mantiveram-se relativamente estáveis, bem como as suas susceptibilidades. A N. meningitidis e o S. pneumoniae são actualmente os predominantes. A monitorização dos dados microbiológicos é muito importante, em termos epidemiológicos e clínicos.https://pjp.spp.pt//article/view/4645
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