O escore da American Society of Anesthesiologists: ainda útil após 60 anos? Resultados do estudo EuSOS
RESUMO Objetivo: O European Surgical Outcomes Study foi um estudo que descreveu a mortalidade após a cirurgia de pacientes internados. Em uma análise multivariada, foram identificados diversos fatores capazes de prever maus resultados, os quais incluem idade, urgência do procedimento, gravidade e po...
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Associação de Medicina Intensiva Brasileira
2015-06-01
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Series: | Revista Brasileira de Terapia Intensiva |
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doaj-e838cc35fd264c6fa01a03ba6f0599772020-11-25T00:20:01ZengAssociação de Medicina Intensiva BrasileiraRevista Brasileira de Terapia Intensiva 1982-43352015-06-0127210511210.5935/0103-507X.20150020S0103-507X2015000200105O escore da American Society of Anesthesiologists: ainda útil após 60 anos? Resultados do estudo EuSOSRui Paulo MorenoRupert PearseAndrew RhodesRESUMO Objetivo: O European Surgical Outcomes Study foi um estudo que descreveu a mortalidade após a cirurgia de pacientes internados. Em uma análise multivariada, foram identificados diversos fatores capazes de prever maus resultados, os quais incluem idade, urgência do procedimento, gravidade e porte, assim como o escore da American Association of Anaesthesia. Este estudo descreveu, com mais detalhes, o relacionamento entre o escore da American Association of Anaesthesia e a mortalidade pós-operatória. Métodos: Os pacientes neste estudo de coorte com duração de sete dias foram inscritos em abril de 2011. Foram incluídos e seguidos, por no máximo 60 dias, pacientes consecutivos com idade de 16 anos ou mais, internados e submetidos à cirurgia não cardíaca e com registro do escore da American Association of Anaesthesia em 498 hospitais, localizados em 28 países europeus. O parâmetro primário foi mortalidade hospitalar. Foi utilizada uma árvore decisória, com base no sistema CHAID (SPSS), para delinear os nós associados à mortalidade. Resultados: O estudo inscreveu um total de 46.539 pacientes. Em função de valores faltantes, foram excluídos 873 pacientes, resultando na análise 45.666. Aumentos no escore da American Association of Anaesthesia se associaram com o acréscimo das taxas de admissão à terapia intensiva e de mortalidade. Apesar do relacionamento progressivo com mortalidade, a discriminação foi fraca, com uma área sob a curva ROC de 0,658 (IC 95% 0,642 - 0,6775). Com o uso das árvores de regressão (CHAID), foram identificadas quatro discretas associações dos nós da American Association of Anaesthesia com mortalidade, estando o escore American Association of Anaesthesia 1 e o escore da American Association of Anaesthesia 2 comprimidos em um mesmo nó. Conclusão: O escore da American Association of Anaesthesia pode ser utilizado para determinar grupos de pacientes cirúrgicos de alto risco, porém os médicos não podem utilizá-lo para realizar a discriminação entre os graus 1 e 2. Em geral, o poder discriminatório do modelo foi menos do que aceitável para uso disseminado.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-507X2015000200105&lng=en&tlng=enAnestesiologiaReprodutibilidade de resultadosMortalidadePeríodo pós-operatório |
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RESUMO Objetivo: O European Surgical Outcomes Study foi um estudo que descreveu a mortalidade após a cirurgia de pacientes internados. Em uma análise multivariada, foram identificados diversos fatores capazes de prever maus resultados, os quais incluem idade, urgência do procedimento, gravidade e porte, assim como o escore da American Association of Anaesthesia. Este estudo descreveu, com mais detalhes, o relacionamento entre o escore da American Association of Anaesthesia e a mortalidade pós-operatória. Métodos: Os pacientes neste estudo de coorte com duração de sete dias foram inscritos em abril de 2011. Foram incluídos e seguidos, por no máximo 60 dias, pacientes consecutivos com idade de 16 anos ou mais, internados e submetidos à cirurgia não cardíaca e com registro do escore da American Association of Anaesthesia em 498 hospitais, localizados em 28 países europeus. O parâmetro primário foi mortalidade hospitalar. Foi utilizada uma árvore decisória, com base no sistema CHAID (SPSS), para delinear os nós associados à mortalidade. Resultados: O estudo inscreveu um total de 46.539 pacientes. Em função de valores faltantes, foram excluídos 873 pacientes, resultando na análise 45.666. Aumentos no escore da American Association of Anaesthesia se associaram com o acréscimo das taxas de admissão à terapia intensiva e de mortalidade. Apesar do relacionamento progressivo com mortalidade, a discriminação foi fraca, com uma área sob a curva ROC de 0,658 (IC 95% 0,642 - 0,6775). Com o uso das árvores de regressão (CHAID), foram identificadas quatro discretas associações dos nós da American Association of Anaesthesia com mortalidade, estando o escore American Association of Anaesthesia 1 e o escore da American Association of Anaesthesia 2 comprimidos em um mesmo nó. Conclusão: O escore da American Association of Anaesthesia pode ser utilizado para determinar grupos de pacientes cirúrgicos de alto risco, porém os médicos não podem utilizá-lo para realizar a discriminação entre os graus 1 e 2. Em geral, o poder discriminatório do modelo foi menos do que aceitável para uso disseminado. |
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