POR UMA LITERATURA MENOR: PRODUÇÃO LITERÁRIA PARA A INFÂNCIA
A literatura infantil tem sido relacionada a uma condição de menoridade, isto é, a uma produção literária de qualidade inferior, a qual se esgota em um projeto utilitário, pedagógico. O qualificativo infantil associa-se a um leitor previsto – a criança –, sendo que este gênero literário guarda um es...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Editora da Universidade de Santa Cruz do Sul
2009-03-01
|
Series: | Reflexão & Ação |
Subjects: | |
Online Access: | https://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/article/view/627 |
id |
doaj-e7c5013df87a42a2b54beee1991c5f75 |
---|---|
record_format |
Article |
spelling |
doaj-e7c5013df87a42a2b54beee1991c5f752020-11-25T00:55:04ZporEditora da Universidade de Santa Cruz do SulReflexão & Ação0103-88421982-99492009-03-01162385010.17058/rea.v16i2.627404POR UMA LITERATURA MENOR: PRODUÇÃO LITERÁRIA PARA A INFÂNCIABetina HillesheimA literatura infantil tem sido relacionada a uma condição de menoridade, isto é, a uma produção literária de qualidade inferior, a qual se esgota em um projeto utilitário, pedagógico. O qualificativo infantil associa-se a um leitor previsto – a criança –, sendo que este gênero literário guarda um estreito vínculo com determinadas concepções de infância que consideram a criança como um ser em desenvolvimento, o qual necessita ser preparado para assumir seu futuro lugar na sociedade. A literatura infantil absorve, assim, a menoridade de seu destinatário. Este trabalho visa discutir a noção de literatura menor a partir das contribuições de Deleuze e Guattari, isto é, não como uma literatura que tenha um valor diminuído, mas como uma língua de uma minoria diante de uma língua maior, traçando linhas de fuga para a linguagem e possibilitando a invenção de novas forças. Pensar o menor como proposto aqui, portanto, significa compreendê-lo como aquele que está abaixo da palavra de ordem, localizando-se fora das imagens impostas pela maioria e desafiando a formação de um só dogma, de uma verdade. A literatura infantil torna-se, assim, um exercício de alteridade, uma literatura que faz a língua vibrar, conduzindo-a a uma terra na qual habita uma minoria, preservando o novo e renovando formas de viver e pensar o mundo.https://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/article/view/627infância, educação, literatura infantil |
collection |
DOAJ |
language |
Portuguese |
format |
Article |
sources |
DOAJ |
author |
Betina Hillesheim |
spellingShingle |
Betina Hillesheim POR UMA LITERATURA MENOR: PRODUÇÃO LITERÁRIA PARA A INFÂNCIA Reflexão & Ação infância, educação, literatura infantil |
author_facet |
Betina Hillesheim |
author_sort |
Betina Hillesheim |
title |
POR UMA LITERATURA MENOR: PRODUÇÃO LITERÁRIA PARA A INFÂNCIA |
title_short |
POR UMA LITERATURA MENOR: PRODUÇÃO LITERÁRIA PARA A INFÂNCIA |
title_full |
POR UMA LITERATURA MENOR: PRODUÇÃO LITERÁRIA PARA A INFÂNCIA |
title_fullStr |
POR UMA LITERATURA MENOR: PRODUÇÃO LITERÁRIA PARA A INFÂNCIA |
title_full_unstemmed |
POR UMA LITERATURA MENOR: PRODUÇÃO LITERÁRIA PARA A INFÂNCIA |
title_sort |
por uma literatura menor: produção literária para a infância |
publisher |
Editora da Universidade de Santa Cruz do Sul |
series |
Reflexão & Ação |
issn |
0103-8842 1982-9949 |
publishDate |
2009-03-01 |
description |
A literatura infantil tem sido relacionada a uma condição de menoridade, isto é, a uma produção literária de qualidade inferior, a qual se esgota em um projeto utilitário, pedagógico. O qualificativo infantil associa-se a um leitor previsto – a criança –, sendo que este gênero literário guarda um estreito vínculo com determinadas concepções de infância que consideram a criança como um ser em desenvolvimento, o qual necessita ser preparado para assumir seu futuro lugar na sociedade. A literatura infantil absorve, assim, a menoridade de seu destinatário. Este trabalho visa discutir a noção de literatura menor a partir das contribuições de Deleuze e Guattari, isto é, não como uma literatura que tenha um valor diminuído, mas como uma língua de uma minoria diante de uma língua maior, traçando linhas de fuga para a linguagem e possibilitando a invenção de novas forças. Pensar o menor como proposto aqui, portanto, significa compreendê-lo como aquele que está abaixo da palavra de ordem, localizando-se fora das imagens impostas pela maioria e desafiando a formação de um só dogma, de uma verdade. A literatura infantil torna-se, assim, um exercício de alteridade, uma literatura que faz a língua vibrar, conduzindo-a a uma terra na qual habita uma minoria, preservando o novo e renovando formas de viver e pensar o mundo. |
topic |
infância, educação, literatura infantil |
url |
https://online.unisc.br/seer/index.php/reflex/article/view/627 |
work_keys_str_mv |
AT betinahillesheim porumaliteraturamenorproducaoliterariaparaainfancia |
_version_ |
1725232227846979584 |