Summary: | OBJETIVOS: caracterizar histologicamente pólipos endometriais em mulheres após a menopausa e avaliar o risco de lesões hiperplásicas e neoplásicas neles contidos. MÉTODOS: análise retrospectiva de 82 casos de mulheres portadoras de histopatologia confirmatória de pólipo endometrial, submetidas à polipectomia histeroscópica devido ao diagnóstico de espessamento endometrial à ultra-sonografia transvaginal. Todos os prontuários pertinentes foram revisados para obtenção da história clínica, antecedentes, dados referentes ao exame histeroscópico e resultado final da histopatologia. RESULTADOS: das 82 mulheres avaliadas, 10,9% faziam uso de algum tipo de terapia hormonal e 28 (34,1%) queixavam-se de sangramento por via vaginal. Pólipo solitário foi encontrado em 56 mulheres (68,3%), em 19 casos (23,2%) foram encontrados dois pólipos e em 7 casos (3,6%), três ou mais pólipos. A avaliação histológica definitiva evidenciou pólipo benigno em 63 mulheres (76,8%), pólipos com hiperplasia em 17 casos (20,8%), sendo dez com hiperplasia simples sem atipias (12,2%) e sete com hiperplasia complexa sem atipias (8,6%). Em dois pólipos foi encontrada neoplasia associada (2,4%). Para a análise estatística foi empregado o teste do chi2, corrigido por Yates. Correlacionou-se a histologia dos pólipos com a presença ou não de sangramento genital (p=0,0056), o número de pólipos encontrados por mulher (p=0,921), e o tempo decorrido após a menopausa (p=0,720). CONCLUSÕES: pólipos endometriais são entidades freqüentemente encontradas após a menopausa, associando-se com baixa freqüência a hiperplasias e carcinomas endometriais e apenas o estudo histológico de todo espécime nos permite afastar malignidade.<br>PURPOSE: to characterize postmenopausal endometrial polyps and to determine risk for concomitant premalignant and malignant pathology. METHODS: a retrospective study including 82 postmenopausal women with a histological diagnosis of endometrial polyps who underwent hysteroscopic polypectomy, after a diagnosis of endometrial thickening made by transvaginal ultrasound, was performed. Medical reports provided clinical and gynecological history, data related to the operative hysteroscopy and definitive histological findings. RESULTS: among the 82 patients who underwent hysteroscopic polypectomy, 10.9% were receiving some type of hormonal therapy. Twenty-eight women (34.1%) reported abnormal vaginal bleeding. Single polyp was encountered in 56 women (68.3%), two polyps were found in 19 cases (23.2%) and in 7 cases (3.6%), three or more polyps were found. The definitive histopathologic analysis revealed 63 (76.8%) benign polyps, 17 (20.8%) hyperplastic polyps (10 cases 12.2% - of simple endometrial hyperplasia without cytologic atypia and 7 cases 8.6% - of complex endometrial hyperplasia without cytologic atypia). Two polyps (2.4%) were diagnosed as harboring neoplasia. For the statistical analysis we employed chi2 test improved by Yates. The authors correlated the polyps' histology with the occurrence of abnormal vaginal bleeding (p=0.0056), number of endometrial polyps (p=0.921) and time after menopause (p=0.720). CONCLUSIONS: endometrial polyps are commonly found entities in postmenopausal women, related with low frequency to endometrial hyperplasia or carcinomas and only histological evaluation seems to allow the exclusion of premalignant and malignant pathology.
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