“O sonho formador de Pigmaleão”: corpo e tato na estética de Herder
A partir do gesto fundador de Baumgarten, em meados do século XVIII, Herder se envolveu profundamente com os debates de fundamentação da estética como disciplina filosófica. Desde seus primeiros textos, notamos a intenção de radicalizar o projeto original de uma ciência sensível, ampliando a invest...
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Universidade Federal de Ouro Preto
2020-12-01
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doaj-e6d98e1493104bf4b3898fda143d263f2021-06-22T13:23:57ZengUniversidade Federal de Ouro Preto Artefilosofia1809-82742526-78922020-12-0115“O sonho formador de Pigmaleão”: corpo e tato na estética de HerderPedro Franceschini0UFBA A partir do gesto fundador de Baumgarten, em meados do século XVIII, Herder se envolveu profundamente com os debates de fundamentação da estética como disciplina filosófica. Desde seus primeiros textos, notamos a intenção de radicalizar o projeto original de uma ciência sensível, ampliando a investigação psicológica das faculdades inferiores em uma verdadeira fisiologia dos sentidos, que deveria reconduzir as operações da alma à sua origem no próprio corpo que sente. Será no ensaio Plástica, publicado em 1778, que encontraremos o momento culminante desse debate. Um texto de foco aparentemente limitado – um estudo sobre a escultura a partir de uma teoria do tato –, ele sintetiza, todavia, um importante deslocamento do projeto da estética ao recuperar a contemplação apaixonada da escultura a partir de Winckelmann. Na concretude da experiência de um corpo que toca e sente o outro de maneira poética, Herder redescobre as raízes do desenvolvimento da alma humana e de seu engajamento com o mundo a partir de sua condição corpórea. De maneira até mesmo imprevista, a abertura para um mundo de formas simbólicas, na descoberta desse pensamento do sensível, acaba por levar a estética muito além dos horizontes daquela psicologia empírica na qual fora concebida https://www.periodicos.ufop.br/raf/article/view/4310 |
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A partir do gesto fundador de Baumgarten, em meados do século XVIII, Herder se envolveu profundamente com os debates de fundamentação da estética como disciplina filosófica. Desde seus primeiros textos, notamos a intenção de radicalizar o projeto original de uma ciência sensível, ampliando a investigação psicológica das faculdades inferiores em uma verdadeira fisiologia dos sentidos, que deveria reconduzir as operações da alma à sua origem no próprio corpo que sente. Será no ensaio Plástica, publicado em 1778, que encontraremos o momento culminante desse debate. Um texto de foco aparentemente limitado – um estudo sobre a escultura a partir de uma teoria do tato –, ele sintetiza, todavia, um importante deslocamento do projeto da estética ao recuperar a contemplação apaixonada da escultura a partir de Winckelmann. Na concretude da experiência de um corpo que toca e sente o outro de maneira poética, Herder redescobre as raízes do desenvolvimento da alma humana e de seu engajamento com o mundo a partir de sua condição corpórea. De maneira até mesmo imprevista, a abertura para um mundo de formas simbólicas, na descoberta desse pensamento do sensível, acaba por levar a estética muito além dos horizontes daquela psicologia empírica na qual fora concebida
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