Summary: | Este estudo tem como objetivo discutir a relação de poder-saber da educação corporativa que transita na governamentalidade do discurso neoliberal e, atua subjetivamente nos sujeitos profissionais das empresas. A complexidade do mercado faz das empresas, atuarem de maneira competitiva em prol de seus objetivos corporativos e mercadológicos. Diante do mercado globalizado, as organizações se veem num contexto em que qualificar seus colaboradores se torna fundamental para poder interagir e propiciar melhor desempenho corporativo, garantindo sua permanência no mercado, através do capital intelectual. A educação corporativa irá permitir que a empresa qualifique seus colaboradores, para que estes desempenhem seu papel profissional de maneira ágil e rápida frente aos desafios do mercado. Os colaboradores mobilizados pela dinâmica deste mercado e com a necessidade de manter-se empregado buscam adquirir novas competências que os torne multidisciplinar, permitindo ampliar suas responsabilidades na empresa. A qualificação pode se manifestar de diferentes formas, sendo: treinamentos, cursos, congressos etc. O referencial teórico e a análise buscou respaldar nos conceitos foucaultianos, na 2ª fase, o domínio de saber-poder. A metodologia aplicada nesta pesquisa é a qualitativa, a qual buscou interpretar os excertos de entrevistas realizadas com colaboradores de uma empresa. Os resultados da análise demonstram que neste mercado neoliberal, a educação corporativa atua como um discurso que influência na relação do sujeito para com a empresa, propiciando interesses mútuos, seja para o sujeito com capital humano, quanto para a empresa com o capital intelectual.
|