Summary: | Durante a primeira metade do século XIX, a epilepsia e as insanidades foram consideradas estreitamente relacionadas às desordens "neuróticas". Sob a influência de fatores tais como o declínio do conceito setecentista de neurose de Cullen, o desenvolvimento da nova psicopatologia descritiva, a introdução da estatística e a disponibilidade de observações longitudinais de coortes de pacientes hospitalizados, a epilepsia foi redefinida como uma doença "neurológica" por volta de 1850. A reação da psiquiatria à exclusão do transtorno mental como uma característica definidora da epilepsia se manifestou na criação do conceito de "epilepsia mascarada". Essa noção está por trás do desenvolvimento posterior de categorias como "fronteiriça" e "equivalente", que ainda são de alguma relevância para os pontos de vista quanto à epilepsia no século XX.
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