Summary: | Verificou-se a prevalência de indicadores emocionais negativos e fatores associados em 430 mães adolescentes de 14 a 16 anos de Porto Alegre, RS. Foram estudadas variáveis sociodemográficas, relações sociais e familiares, aspectos reprodutivos, abuso e violência. As razões de prevalência (RP) foram obtidas por regressão de Poisson mediante análise hierarquizada. A prevalência de sofrimento psíquico intenso foi 32,6%, estando associado à baixa classe social, à não repetência escolar, ao relacionamento ruim com a mãe, à não aceitação da gestação pelo parceiro e à falta de apoio da família frente à gestação. A prevalência de autovalorização negativa foi 15,4%, permanecendo associada ao relacionamento ruim com a mãe e a não possuir uma pessoa confidente. Pouca ou nenhuma expectativa em relação ao futuro foi encontrada em 7,5% das adolescentes, estando associada à repetência escolar, à criação pela mãe biológica, à idade precoce da primeira relação sexual e à ocorrência de abuso físico. A alta prevalência de sofrimento psíquico, encontrada nas mães adolescentes, merece atenção especial das políticas públicas de saúde para a inclusão de profissionais habilitados ao manejo dos aspectos emocionais no atendimento da maternidade precoce.
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