Determinantes sociais da saúde: o “social” em questão
Este artigo problematiza a visão sobre o “social” que subjaz a noção de determinantes sociais da saúde. Para isso, realizou-se um estudo exploratório, a partir de pesquisa bibliográfica em referenciais produzidos pelas ciências humanas, por meio de autores da sociologia contemporânea que refletem de...
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Universidade de São Paulo
2014-12-01
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Series: | Saúde e Sociedade |
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doaj-e42a31505981451b8499fca364f380e92020-11-24T21:57:38ZengUniversidade de São PauloSaúde e Sociedade1984-04702014-12-012341173118210.1590/S0104-12902014000400005S0104-12902014000401173Determinantes sociais da saúde: o “social” em questãoJúlia Arêas GarboisFrancis SodréMaristela Dalbello-AraujoEste artigo problematiza a visão sobre o “social” que subjaz a noção de determinantes sociais da saúde. Para isso, realizou-se um estudo exploratório, a partir de pesquisa bibliográfica em referenciais produzidos pelas ciências humanas, por meio de autores da sociologia contemporânea que refletem de forma crítica sobre como a ciência atual considera o “social”. O artigo inicia-se com uma caracterização geral do campo dos determinantes sociais da saúde, especialmente do ponto de vista político-científico. Logo em seguida, apresentam-se os elementos críticos, caracterizando caminhos sobre o pensamento dos autores supracitados. O estudo procurou destacar os reducionismos cada vez mais presentes na abordagem ao social no campo dos determinantes sociais da saúde. Tais reducionismos acabam por limitar uma leitura mais aprofundada sobre a complexidade da vida em sociedade e reforçam a mercantilização e banalização da vida. Santos (1988) observa que, frente a esses reducionismos, a ciência não pode ser somente a produção de um paradigma cientifico, mas um paradigma social - o paradigma de uma vida decente. O pensamento de Latour (2012) trouxe argumentos para repensar o “social” para além de um domínio específico e limitado da realidade, como algo sempre externo ao sujeito e à sua própria saúde. A visão fragmentada do campo dos determinantes sociais da saúde é o que colocamos em análise e produzimos questionamentos como forma de suscitar futuros debates sobre o tema em questão.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902014000401173&lng=en&tlng=enIniquidade SocialDesigualdades em SaúdeCiências SociaisSaúde Coletiva |
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Este artigo problematiza a visão sobre o “social” que subjaz a noção de determinantes sociais da saúde. Para isso, realizou-se um estudo exploratório, a partir de pesquisa bibliográfica em referenciais produzidos pelas ciências humanas, por meio de autores da sociologia contemporânea que refletem de forma crítica sobre como a ciência atual considera o “social”. O artigo inicia-se com uma caracterização geral do campo dos determinantes sociais da saúde, especialmente do ponto de vista político-científico. Logo em seguida, apresentam-se os elementos críticos, caracterizando caminhos sobre o pensamento dos autores supracitados. O estudo procurou destacar os reducionismos cada vez mais presentes na abordagem ao social no campo dos determinantes sociais da saúde. Tais reducionismos acabam por limitar uma leitura mais aprofundada sobre a complexidade da vida em sociedade e reforçam a mercantilização e banalização da vida. Santos (1988) observa que, frente a esses reducionismos, a ciência não pode ser somente a produção de um paradigma cientifico, mas um paradigma social - o paradigma de uma vida decente. O pensamento de Latour (2012) trouxe argumentos para repensar o “social” para além de um domínio específico e limitado da realidade, como algo sempre externo ao sujeito e à sua própria saúde. A visão fragmentada do campo dos determinantes sociais da saúde é o que colocamos em análise e produzimos questionamentos como forma de suscitar futuros debates sobre o tema em questão. |
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