Na bagagem dos peruleros: mercadoria de contrabando e o caminho proibido de São Paulo ao Paraguai na primeira metade do século XVII

RESUMO A proposta do presente artigo é analisar alguns bens inventariados em Assunção e no Guairá, na Província do Paraguai, nas primeiras décadas do século XVII, de personagens que saíram de São Paulo rumo aos interiores da América espanhola em demanda de comércio e das riquezas do “espaço peruano”...

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Main Author: José Carlos Vilardaga
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo, Museu Paulista
Series:Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47142017000100127&lng=en&tlng=en
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spelling doaj-e427a3edb65e4a28a4b1110be4644c7d2020-11-25T01:09:38ZengUniversidade de São Paulo, Museu PaulistaAnais do Museu Paulista: História e Cultura Material1982-026725112714710.1590/1982-02672017v25n0105S0101-47142017000100127Na bagagem dos peruleros: mercadoria de contrabando e o caminho proibido de São Paulo ao Paraguai na primeira metade do século XVIIJosé Carlos VilardagaRESUMO A proposta do presente artigo é analisar alguns bens inventariados em Assunção e no Guairá, na Província do Paraguai, nas primeiras décadas do século XVII, de personagens que saíram de São Paulo rumo aos interiores da América espanhola em demanda de comércio e das riquezas do “espaço peruano”, nas partes do Peru. O caminho, que alternava trechos fluviais - Tietê e Paraná - com percursos terrestres, era proibido por Real Cédula desde fins do século XVI, e sua utilização resultou na prisão e no confisco de bens de diversos sujeitos que o utilizaram nas duas direções. Dentre eles, Manoel Pinheiro, mineiro-mor do Brasil, que partiu de São Paulo rumo ao Paraguai, em 1606, e foi preso em Assunção; Manoel Rodrigues, preso em 1620 com vários outros companheiros, todos sem licença; e Miguel Moxica Maldonado, canarino que teve todos os seus bens confiscados no “sertão” do Guairá em 1621. O rol de mercadorias revela o predomínio de tecidos - de variados tipos -, mas também de objetos como facas, tesouras, pentes e contaria, e algumas peças de ouro. Pretendemos compreender esses objetos da cultura material - aqui vistos como mercadorias em processo de circulação - como elementos constitutivos de uma espacialidade conectada luso-castelhana na América Meridional, como articuladores de relações sociais e hierarquias, e parte das redes de intercâmbio estabelecidas entre a Capitania de São Vicente e a Província do Paraguai em tempos de União das Coroas Ibéricas.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-47142017000100127&lng=en&tlng=enConnected HistoryGoodsMaterial cultureColonial AmericaSão Paulo route
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