Piomiosote no decurso da varicela
Introdução: A varicela é habitualmente uma doença benigna e auto-limitada, podendo no entanto ocorrer complicações gra ves. A piomiosite é uma infecção primária do músculo esquelético, pouco frequente em climas temperados, por ve zes difícil de diagnosticar na fase inicial e é uma complicação rara...
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Sociedade Portuguesa de Pediatria
2014-08-01
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Series: | Portuguese Journal of Pediatrics |
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doaj-e3bb14241d644edfbefc095560e1d0c02020-11-25T02:17:29ZengSociedade Portuguesa de PediatriaPortuguese Journal of Pediatrics 2184-33332014-08-0138610.25754/pjp.2007.4720Piomiosote no decurso da varicelaFernanda RodriguesMaria José NoruegasSofia MoraisLuís JanuárioLuís Lemos Introdução: A varicela é habitualmente uma doença benigna e auto-limitada, podendo no entanto ocorrer complicações gra ves. A piomiosite é uma infecção primária do músculo esquelético, pouco frequente em climas temperados, por ve zes difícil de diagnosticar na fase inicial e é uma complicação rara da varicela. Doentes e Métodos: Revisão dos processos clínicos de todas as crianças com varicela e piomiosite, admitidas no Serviço de Urgência em 2004. Resultados: Foram observadas quatro crianças (três rapazes) com piomiosite, no decurso de varicela. A mediana de idades era 22 meses. Todos eram previamente saudáveis, não existia história recente de traumatismo e nenhum estava vacinado contra a vari cela. Tratava-se de casos secundários nos seus agregados familiares e todos estavam a receber ibuprofeno. O diagnóstico foi feito precocemente em todos, com base na ecografia e confirmado por ressonância magnética em dois. Todos os casos correspondiam ao estadio inicial de evolução das piomiosites. To - dos receberam antibiótico e num caso foi necessário associar dre nagem cirúrgica. A evolução foi favorável. Isolou-se Streptococcus pyogenes em dois casos e Staphylococcus aureus em um. Conclusão: Num curto período de tempo foram identificados quatro casos de piomiosite no decurso de varicela. Nenhum deles ultrapassou o primeiro estadio de gravidade da evolução. O tratamento empírico inicial incluiu cobertura anti-es - trep tocócica e anti-estafilocócica e foi utilizada também, na fase inicial, a clindamicina. A pesquisa microbiológica é mui - to importante e permitiu a mais adequada tomada de decisões terapêuticas. A evolução foi favorável em todos. https://pjp.spp.pt//article/view/4720 |
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Introdução: A varicela é habitualmente uma doença benigna e auto-limitada, podendo no entanto ocorrer complicações gra ves. A piomiosite é uma infecção primária do músculo esquelético, pouco frequente em climas temperados, por ve zes difícil de diagnosticar na fase inicial e é uma complicação rara da varicela.
Doentes e Métodos: Revisão dos processos clínicos de todas as crianças com varicela e piomiosite, admitidas no Serviço de Urgência em 2004.
Resultados: Foram observadas quatro crianças (três rapazes) com piomiosite, no decurso de varicela. A mediana de idades era 22 meses. Todos eram previamente saudáveis, não existia história recente de traumatismo e nenhum estava vacinado contra a vari cela. Tratava-se de casos secundários nos seus agregados familiares e todos estavam a receber ibuprofeno. O diagnóstico foi feito precocemente em todos, com base na ecografia e confirmado por ressonância magnética em dois. Todos os casos correspondiam ao estadio inicial de evolução das piomiosites. To - dos receberam antibiótico e num caso foi necessário associar dre nagem cirúrgica. A evolução foi favorável. Isolou-se Streptococcus pyogenes em dois casos e Staphylococcus aureus em um.
Conclusão: Num curto período de tempo foram identificados quatro casos de piomiosite no decurso de varicela. Nenhum deles ultrapassou o primeiro estadio de gravidade da evolução. O tratamento empírico inicial incluiu cobertura anti-es - trep tocócica e anti-estafilocócica e foi utilizada também, na fase inicial, a clindamicina. A pesquisa microbiológica é mui - to importante e permitiu a mais adequada tomada de decisões terapêuticas. A evolução foi favorável em todos.
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