"É aula ou filme, professora?” - cenas de um cineclube na escola prisional

O presente artigo resulta de pesquisa de campo realizada entre 2009 e 2012 no cineclube do Colégio Estadual Anacleto de Medeiros, situado no presídio Evaristo de Moraes, no Rio de Janeiro. Através desta experiência de exibição de filmes dentro de uma escola prisional, buscamos analisar alguns aspect...

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Bibliographic Details
Main Authors: Liliane Leroux, Ana Beatriz Campuzano Martinez
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estácio de Sá 2015-09-01
Series:Revista Educação e Cultura Contemporânea
Online Access:http://periodicos.estacio.br/index.php/reeduc/article/view/972
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spelling doaj-e3baa20bac324c4d9a2762bedb1064262020-11-24T22:04:45ZporUniversidade Estácio de SáRevista Educação e Cultura Contemporânea1807-21942238-12792015-09-01122910.5935/reeduc.v12i29.972555"É aula ou filme, professora?” - cenas de um cineclube na escola prisionalLiliane Leroux0Ana Beatriz Campuzano Martinez1Universidade do Estado do Rio de JaneiroUniversidade do Estado do Rio de JaneiroO presente artigo resulta de pesquisa de campo realizada entre 2009 e 2012 no cineclube do Colégio Estadual Anacleto de Medeiros, situado no presídio Evaristo de Moraes, no Rio de Janeiro. Através desta experiência de exibição de filmes dentro de uma escola prisional, buscamos analisar alguns aspectos da relação entre cinema e formação. Para tanto, identificamos e colocamos em perspectiva os dilemas presentes naquele contexto entre: por um lado, um uso do cinema que seleciona e antecipa o que o espectador/aluno deve aprender e reduz a experiência com a obra cinematográfica à ilustração de conteúdos escolares e valores morais visando a ressocialização dos alunos apenados; e, por outro, a busca por uma experiência estética, desinteressada e autoformadora, presente no amor pelos filmes, que pressupõe a liberdade e a igualdade como ponto de partida e que, por esta razão, não ocorria sem tensões dentro do espaço da escola de presídio. O estudo toma como base os conceitos de partilha do sensível e espectador emancipado do filósofo Jacques Rancière, bem como a hipótese-cinema do crítico e professor Alain Bergala. Concluindo, apontamos o modo pelo qual o cinema, essa mistura do prazer com as sombras projetadas - mesmo que em um velho lençol estendido - e a inteligência de uma arte, como tão bem define Rancière (2012), constituía naquele espaço, ainda que por alguns instantes, elemento de ruptura no esquema sensível escolar-prisional.http://periodicos.estacio.br/index.php/reeduc/article/view/972
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2238-1279
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