TRANSTORNO ALIMENTAR EM ESTUDANTES NEGRAS DE SALVADOR: A RELAÇÃO COM A IMAGEM CORPORAL

Objetivo: avaliar até que ponto pertencer a grupos étnicos/raciais diferentes das mulheres brancas pode predispor à insatisfação com a imagem corporal e ao risco para desenvolver transtornos alimentares. Método: estudo realizado com estudantes de 15 a 30 anos, de instituições de ensino médio e unive...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Liliane de Jesus Bittencourt, Mônica de Oliveira Nunes
Format: Article
Language:English
Published: Josely Correa Koury 2017-02-01
Series:Demetra
Subjects:
Online Access:https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/demetra/article/view/22141
Description
Summary:Objetivo: avaliar até que ponto pertencer a grupos étnicos/raciais diferentes das mulheres brancas pode predispor à insatisfação com a imagem corporal e ao risco para desenvolver transtornos alimentares. Método: estudo realizado com estudantes de 15 a 30 anos, de instituições de ensino médio e universitário, público e privado. Realizado em duas etapas: a quantitativa, utilizando informações sociodemográficas e de vivência do racismo, o EAT-26, instrumento de triagem de risco para transtorno alimentar, e o BSQ, para avaliação de insatisfação com a imagem corporal; e a qualitativa, com grupos focais e história de vida. A análise foi realizada associando informações das duas etapas de investigação. Resultados: Das 626 estudantes pesquisadas, 34% tinham preocupação com a imagem corporal e 6,6%, risco de comportamentos alimentares desordenados. As dez estudantes que se identificaram como negras e que participaram da etapa qualitativa da investigação não apresentavam risco para desenvolvimento de transtorno alimentar, segundo teste de screening (EAT-26), mas sete delas tinham vivenciado tais transtornos, de acordo com a história de vida. Apenas para quatro houve associação entre insatisfação com a imagem corporal e essas vivências. Discussão: há um descompasso entre os resultados dos testes quantitativos para diagnóstico de risco para esses transtornos e uma avaliação qualitativa baseada em história de vida, para pessoas de grupos étnicos/raciais diferentes. Conclusão: vivência ou percepção do racismo, associado a conflitos pessoais, familiares e sociais estão na base desses comportamentos, além da insatisfação corporal. DOI: 10.12957/demetra.2017.22115
ISSN:2238-913X