REFLEXÕES SOBRE A CONTEMPORANEIDADE
Partindo da análise que Freud faz das consequências da inserção cultural do Homem e das consequências por sobre ele do processo civilizatório e de Lacan sobre o lugar ocupado pela função simbólica do pai na citada inserção, a autora se debruça criticamente sobre problemas cruciais à subjetividade do...
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Universidade Federal do Ceará
2013-02-01
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doaj-e2f045f2de21497091f990efddb4583c2021-07-02T11:42:31ZengUniversidade Federal do CearáRevista de Psicologia0102-12222179-17402013-02-0132176REFLEXÕES SOBRE A CONTEMPORANEIDADENadiá Paulo FerreiraPartindo da análise que Freud faz das consequências da inserção cultural do Homem e das consequências por sobre ele do processo civilizatório e de Lacan sobre o lugar ocupado pela função simbólica do pai na citada inserção, a autora se debruça criticamente sobre problemas cruciais à subjetividade dos sujeitos de nosso tempo. Argumenta que os discursos que dão forma ao eu do homem contemporâneo têm como ponto de convergência privilegiar o gozo e não o desejo. Isto se articula, diretamente, com o enfraquecimento da função simbólica do pai (Nome-do-pai), produzindo como efeito, ao nível do imaginário, a figura de um pai impotente. Conclui que, na contemporaneidade, o sujeito, colocado no lugar de objeto, é reduzido a uma imagem pelos discursos da publicidade, da política, da universidade e da ciência. Segundo ela, estariámos, ainda, vivendo a ditadura das práticas médicas, o imperialismo das técnicas e dos números. Diante disso, o corpo, apartado do sujeito, é abordado como uma máquina de funcionamento automático que enguiça e precisa ser consertada. A estratégia fetichista visa não só o exílio dos homens, mas também o fechamento de suas bocas e seus ouvidos. Nessa direção, parafraseando Fernando Pessoa, a autora assim sintetiza a ideologia – subjetividade – de nosso tempo: Dizer não é preciso. Desejar não é preciso. Gozar é preciso.http://periodicos.ufc.br/psicologiaufc/article/view/123Psicanáliseculturasujeitocontemporaneidade. |
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Partindo da análise que Freud faz das consequências da inserção cultural do Homem e das consequências por sobre ele do processo civilizatório e de Lacan sobre o lugar ocupado pela função simbólica do pai na citada inserção, a autora se debruça criticamente sobre problemas cruciais à subjetividade dos sujeitos de nosso tempo. Argumenta que os discursos que dão forma ao eu do homem contemporâneo têm como ponto de convergência privilegiar o gozo e não o desejo. Isto se articula, diretamente, com o enfraquecimento da função simbólica do pai (Nome-do-pai), produzindo como efeito, ao nível do imaginário, a figura de um pai impotente. Conclui que, na contemporaneidade, o sujeito, colocado no lugar de objeto, é reduzido a uma imagem pelos discursos da publicidade, da política, da universidade e da ciência. Segundo ela, estariámos, ainda, vivendo a ditadura das práticas médicas, o imperialismo das técnicas e dos números. Diante disso, o corpo, apartado do sujeito, é abordado como uma máquina de funcionamento automático que enguiça e precisa ser consertada. A estratégia fetichista visa não só o exílio dos homens, mas também o fechamento de suas bocas e seus ouvidos. Nessa direção, parafraseando Fernando Pessoa, a autora assim sintetiza a ideologia – subjetividade – de nosso tempo: Dizer não é preciso. Desejar não é preciso. Gozar é preciso. |
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