Summary: | Frantz Fanon atuou no contexto argelino como escritor revolucionário, tendo contribuído igualmente para as reflexões no campo cultural. Sua trajetória foi rica na medida em que, além de sua participação na Segunda Guerra Mundial e na luta pela independência da Argélia, posicionou-se em relação às produções culturais de seu tempo. A obra de Fanon abordou parte do pensamento anticolonial e revolucionário e sob esse aspecto, ela não foi completamente considerada pela historiografia da África contemporânea. Seus biógrafos e pesquisadores sugerem que ele operou com maior profundidade as questões de identidade e representatividade para o negro-africano. Através da interpretação de algumas críticas busca-se compreender como Fanon foi invisibilizado no que diz respeito aos movimentos de contestação ao colonialismo e, ainda, como o extremo apego às análises raciais ou étnicas engessaram interpretações variadas sobre esse autor. Ele foi escritor de características múltiplas para quem o caminho percorrido envolveu a crítica ao campo cultural (négritude) e uma militância política contundente (revolução) deixando em aberto ainda muitas chaves de leitura sobre esse pensador-ator fundamental para os estudos africanos.
Palavras-Chave: Frantz Fanon, revolução, Négritude, cultura, colonial.
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