Summary: | A avaliação externa das escolas é cada vez mais comum nos sistemas educativos. Justificada como instrumento para a melhoria da educação e prestação de contas, vários países implementaram políticas de avaliação externa. Este artigo tem como intenção confrontar as orientações presentes nos discursos orientadores dos processos de avaliação das escolas com os modos como estes são concretizados. Dados recolhidos em Portugal e Inglaterra, através de análise documental e entrevistas, permitiram concluir que discursivamente, a avaliação das escolas surge como um processo claro, abrangente e formativo, mas que a sua concretização se afasta desta concepção. Em ambos os países, os processos denunciam uma visão redutora da educação e uma desvalorização do trabalho dos professores, ao adoptarem sobrevalorizarem os resultados académicos dos alunos. Mais ainda, os processos carecem de uma componente formativa, conceptualmente considerada essencial à promoção da melhoria educacional
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