Summary: | O presente artigo tem como objetivo analisar o conceito de diáspora e as novas linhas de investigação intelectuais abertas a partir do uso crescente do conceito, em especial, na música da diáspora Africana. Faz uma reflexão sobre o legado da filosofia moderna no processo de esvaziamento da possibilidade reflexiva da música negra, bem como, identifica no marcador da diáspora a condição desestabilizadora de absolutismos nacionais da música no Brasil que foram, diferentemente de outros assentamentos africanos da diáspora, ligados a creolização e hibridação, influenciada pela fundamentação de mestiçagem que promoveu uma centralização na figura do “popular” e do “folclórico” das manifestações da música da diáspora africana no Brasil. Nesse contexto informa o “momento” de recepção da ideia de Diáspora Africana e como ela legitima o discurso da música negra no Brasil reagindo aos valores e padrões de um sistema de representações que restringem o acesso às culturas diaspóricas a sua reflexividade.
Palavras-chave: África, Diáspora, Música Negra, Relações Raciais, pós-colonialismo.
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