Infecção pelo vírus da hepatite C na região Amazônica brasileira

O artigo avalia informações científicas disponíveis sobre a prevalência e características clínicas da infecção pelo virus da hepatite C na Amazônia Brasileira, uma área sabidamente endêmica para infecção pelos vírus das hepatites A, B e D. Toda a informação foi obtida através de extensa revisão bibl...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: José Carlos Ferraz da Fonseca, Leila Melo Brasil
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT) 2004-01-01
Series:Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822004000700001&lng=en&tlng=en
id doaj-e1cf485250194d4a97cbfacb2d7e0d21
record_format Article
spelling doaj-e1cf485250194d4a97cbfacb2d7e0d212020-11-24T22:46:38ZengSociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT)Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical1678-98492004-01-0137suppl 21810.1590/S0037-86822004000700001S0037-86822004000700001Infecção pelo vírus da hepatite C na região Amazônica brasileiraJosé Carlos Ferraz da Fonseca0Leila Melo Brasil1Fundação de Medicina TropicalFundação de Medicina TropicalO artigo avalia informações científicas disponíveis sobre a prevalência e características clínicas da infecção pelo virus da hepatite C na Amazônia Brasileira, uma área sabidamente endêmica para infecção pelos vírus das hepatites A, B e D. Toda a informação foi obtida através de extensa revisão bibliográfica de artigos originais e de revisão e de resumos publicados em periódicos conceituados ou em eventos científicos. Na Região Amazônica, a taxa de prevalência de infecção por VHC na população geral varia de 1,1 a 2,4%. Entre doadores de sangue as taxas de prevalência variam de 0,8% a 5,9%. O Estado do Pará (Amazônia oriental) e do Acre (Amazônia ocidental) apresentam as maiores taxas, 2% e 5,9%, respectivamente. Com relação à prevalência da infecção pelo VHC em grupos de risco, observa-se alta prevalência entre hemodiálisados (48,1% - 51,9%), profissionais de saúde (3,2%), contactantes de portadores do VHC (10%) e pacientes com lichen plannus (7,5%). Existe uma predominância significativa do genótipo 1, com maior freqüência do subtipo 1b. A infecção pelo VHC é similar em homens e mulheres e a maioria dos infectados têm mais de 39 anos de idade. A principal via de infecção é a parenteral e os principais fatores de risco são transfusão sangüínea e procedimentos cirúrgicos. O VHC raramente é responsável por hepatite aguda grave nesta região. Por outro lado, de todas as hepatites crônicas, 22,6% são atribuídas ao VHC na Amazônia Ocidental e 25% na Amazônia Oriental. Na Amazônia Brasileira, a infecção pelo VHC parece ter o mesmo comportamento da infecção em outras partes do mundo.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822004000700001&lng=en&tlng=enRegião Amazônica brasileiraEpidemiologiaHepatite CPrevalênciaHistória natural
collection DOAJ
language English
format Article
sources DOAJ
author José Carlos Ferraz da Fonseca
Leila Melo Brasil
spellingShingle José Carlos Ferraz da Fonseca
Leila Melo Brasil
Infecção pelo vírus da hepatite C na região Amazônica brasileira
Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
Região Amazônica brasileira
Epidemiologia
Hepatite C
Prevalência
História natural
author_facet José Carlos Ferraz da Fonseca
Leila Melo Brasil
author_sort José Carlos Ferraz da Fonseca
title Infecção pelo vírus da hepatite C na região Amazônica brasileira
title_short Infecção pelo vírus da hepatite C na região Amazônica brasileira
title_full Infecção pelo vírus da hepatite C na região Amazônica brasileira
title_fullStr Infecção pelo vírus da hepatite C na região Amazônica brasileira
title_full_unstemmed Infecção pelo vírus da hepatite C na região Amazônica brasileira
title_sort infecção pelo vírus da hepatite c na região amazônica brasileira
publisher Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT)
series Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical
issn 1678-9849
publishDate 2004-01-01
description O artigo avalia informações científicas disponíveis sobre a prevalência e características clínicas da infecção pelo virus da hepatite C na Amazônia Brasileira, uma área sabidamente endêmica para infecção pelos vírus das hepatites A, B e D. Toda a informação foi obtida através de extensa revisão bibliográfica de artigos originais e de revisão e de resumos publicados em periódicos conceituados ou em eventos científicos. Na Região Amazônica, a taxa de prevalência de infecção por VHC na população geral varia de 1,1 a 2,4%. Entre doadores de sangue as taxas de prevalência variam de 0,8% a 5,9%. O Estado do Pará (Amazônia oriental) e do Acre (Amazônia ocidental) apresentam as maiores taxas, 2% e 5,9%, respectivamente. Com relação à prevalência da infecção pelo VHC em grupos de risco, observa-se alta prevalência entre hemodiálisados (48,1% - 51,9%), profissionais de saúde (3,2%), contactantes de portadores do VHC (10%) e pacientes com lichen plannus (7,5%). Existe uma predominância significativa do genótipo 1, com maior freqüência do subtipo 1b. A infecção pelo VHC é similar em homens e mulheres e a maioria dos infectados têm mais de 39 anos de idade. A principal via de infecção é a parenteral e os principais fatores de risco são transfusão sangüínea e procedimentos cirúrgicos. O VHC raramente é responsável por hepatite aguda grave nesta região. Por outro lado, de todas as hepatites crônicas, 22,6% são atribuídas ao VHC na Amazônia Ocidental e 25% na Amazônia Oriental. Na Amazônia Brasileira, a infecção pelo VHC parece ter o mesmo comportamento da infecção em outras partes do mundo.
topic Região Amazônica brasileira
Epidemiologia
Hepatite C
Prevalência
História natural
url http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0037-86822004000700001&lng=en&tlng=en
work_keys_str_mv AT josecarlosferrazdafonseca infeccaopelovirusdahepatitecnaregiaoamazonicabrasileira
AT leilamelobrasil infeccaopelovirusdahepatitecnaregiaoamazonicabrasileira
_version_ 1725684417383366656