Summary: | ResumoO presente artigo investiga o papel da tecnologia na modernidade a partir do fenômeno da ciberguerra. Argumenta-se que o processo de modernização tem por característica a conjunção entre guerra, ciência e tecnologia e que a incorporação da cibernética à guerra é representativa disso. Para tanto, procede-se a uma genealogia da ciberguerra, o que permite investigar as significações constitutivas do atual discurso, bem como analisar suas condições de possibilidade. Esse primeiro movimento permite situar a cibernética enquanto alicerce no desenvolvimento das práticas de guerra e como tropo capaz de influenciar o imaginário militar a seu respeito. Finalmente, o fenômeno é situado no contexto mais amplo das transformações da guerra na modernidade, apontadas por Bousquet (2009) e as quais destacam o papel central da tecnologia no guerrear moderno. Isso permite problematizar a forma como a ciberguerra se articula ao imaginário de não violência presente nas teorias da modernização.
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