Summary: | O presente artigo foi elaborado após uma pesquisa realizada com produtores de Queijo Minas artesanal, Patrimônio Imaterial Brasileiro, residentes na Zona da Mata de Minas Gerais – Brasil. Nosso objetivo foi analisar quais as representações desses queijeiros sobre o saber-fazer envolvido na fabricação de seus queijos e como elas se articulam com as leis sanitárias que regulam esse saber. Para tanto, ancorou-se em teorias sobre o saber-fazer e representações coletivas, que contribuíram para ir ao campo e, posteriormente, analisá-lo. A partir das observações participantes e conversas realizadas com os produtores e seus familiares, previamente aprovadas pelo Comitê de Ética, foi possível perceber que as representações sobre esse saber-fazer ultrapassam o momento e o tempo, nos quais o queijo é feito. Como um alimento produzido dentro ou muito próximo da unidade doméstica, todos os espaços a ela pertencentes contribuem para a construção de representações e dialogam cotidianamente com o próprio saber-fazer. Nesse contexto, o saber-fazer pode ser considerado fruto da articulação de uma série de esferas circundantes da vida e história desses indivíduos.
DOI: 10.12957/demetra.2016.23535
|