O articulatório e o fonológico na clínica da linguagem: da teoria á prática The articulatory and the phonological at language clinic: from theory to practice

OBJETIVO: investigar como os fonoaudiólogos, na prática clínica, têm utilizado as terminologias referentes às alterações fonéticas e/ou fonológicas, assim como discutir as bases teóricas que têm fundamentado as mudanças de nomenclatura. MÉTODOS: foi realizada uma pesquisa exploratória com 60 fonoaud...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Ana Paula Santana, Maria Letícia Cautela de Almeida Machado, Kátia Simone da Rosa Bianchi, Margareth de Souza Freitas, Jair Mendes Marques
Format: Article
Language:English
Published: CEFAC Saúde e Educação 2010-04-01
Series:Revista CEFAC
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-18462010000200004
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O articulatório e o fonológico na clínica da linguagem: da teoria á prática The articulatory and the phonological at language clinic: from theory to practice
Revista CEFAC
Fonética
Transtornos da Linguagem
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publisher CEFAC Saúde e Educação
series Revista CEFAC
issn 1516-1846
1982-0216
publishDate 2010-04-01
description OBJETIVO: investigar como os fonoaudiólogos, na prática clínica, têm utilizado as terminologias referentes às alterações fonéticas e/ou fonológicas, assim como discutir as bases teóricas que têm fundamentado as mudanças de nomenclatura. MÉTODOS: foi realizada uma pesquisa exploratória com 60 fonoaudiólogos a fim de coletar dados por meio de respostas às perguntas: Você faz diferença entre Dislalia, Distúrbio Articulatório e Desvio Fonológico? Se sim, qual a diferença? Os dados foram analisados descritivamente através de distribuições percentuais. Foram aplicados testes de significância para a diferença de proporções, utilizando-se o nível de significância de 5%. A análise qualitativa, feita a partir de uma perspectiva discursiva, promoveu a discussão das relações entre Fonética e Fonologia e suas implicações para as alterações fonético-fonológicas. RESULTADOS: quase metade dos fonoaudiólogos entrevistados (45%) assegurou não diferenciar as terminologias utilizadas para designar as alterações fonético-fonológicas ou não saber explicá-las. Os sujeitos que afirmaram diferenciar os três termos, de forma geral, forneceram explicações evasivas ou pouco coerentes para as terminologias. Tais resultados denunciam que a maioria dos sujeitos dessa pesquisa, em suas práticas fonoaudiológicas, apenas reproduz terminologias comumente utilizadas sem um saber mais aprofundado sobre o tema, refletindo o fosso ainda existente entre a teorização linguística e a prática clínica. Esta geralmente tem sido realizada à margem daquela. CONCLUSÃO: evidencia-se, com isso, que, embora muito já se tenha construído em termos de conhecimento científico, na prática, parte dos fonoaudiólogos ainda mantém o caráter tecnicista que fez parte da história da Fonoaudiologia.<br>PURPOSE: to investigate how speech therapists have been using the terminologies that refer to phonetic/phonological disturbance in the clinical experience, as well as to discuss the theoretical basis that has supported their terminological choices. METHODS: an exploiting research was done involving sixty speech therapists in order to get data through their answers to the following questions: Do you make any difference between Dyslalia, Articulatory Impairment and Phonological Deviation? If so, what is the difference? The data were descriptively analyzed through percentage distribution. Significance tests were applied, using significance level of 5%. Data analysis that was carried through in a discursive perspective promoted the discussion on the relationship between Phonetics and Phonology and their implications on phonetic/phonological alterations. RESULTS: almost half of the interviewed speech therapists (45%) said they were not differentiating the terminologies used to name the phonetic/phonological alterations or not knowing how to explain them. The subjects that stated to differentiate the three terms, as a general rule, provided evasive or little clear explanations as for the terminologies. Such results reveal that most subjects in the said research, in their speech therapy experience, just reproduce largely used terminologies without having an appropriate know-how about the theme, reflecting the existence of a gap between the linguistic theorization and the clinical practice. The latter usually has been developed on the fringes of the former one. CONCLUSION: it was shown that, despite the great improvements in linguistic knowledge, in practice, some speech therapists still keep the thecnicist character that took part in the history of Speech Therapy.
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