A Experiência do Espectador: Recepção, Audiência ou Emancipação?
O artigo propõe uma discussão teórica sobre o estatuto da experiência do espectador no cinema, baseando-se no conceito de emancipação intelectual formulado por Jacques Rancière (2008). Partindo dos estudos sobre recepção, realiza uma crítica ao problema relativo à passividade do público, enfatizando...
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Format: | Article |
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Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)
2015-11-01
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Series: | Estudos e Pesquisas em Psicologia |
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doaj-df15d017fc0a43759954c97eeeb84b7e2020-11-25T02:32:27ZporUniversidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ)Estudos e Pesquisas em Psicologia1808-42812015-11-0115396598510.12957/epp.2015.1942211222A Experiência do Espectador: Recepção, Audiência ou Emancipação?Fabio Montalvão Soares0Virgínia Kastrup1Universidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJUniversidade Federal do Rio de Janeiro – UFRJO artigo propõe uma discussão teórica sobre o estatuto da experiência do espectador no cinema, baseando-se no conceito de emancipação intelectual formulado por Jacques Rancière (2008). Partindo dos estudos sobre recepção, realiza uma crítica ao problema relativo à passividade do público, enfatizando a perspectiva do espectador emancipado. Ao destacar que a discussão sobre a experiência se limita, no âmbito desses estudos, à análise do comportamento do público, inferida a partir de índices de audiência, o texto atenta para o fato de não se considerar a dimensão processual e corporificada (Varela, Thompson, & Rosch, 1991), sendo o comportamento algo da ordem dos efeitos do que da experiência em si mesma. Conclui ainda que os estudos sobre recepção não dão conta do problema da experiência do expectador de modo satisfatório. Neste sentido, a emancipação surge como possibilidade de afirmação de uma concepção corporificada da experiência, que deverá ser objeto de investigação em estudos empíricos futuros.https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/19422espectadorexperiênciaemancipaçãocinema |
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O artigo propõe uma discussão teórica sobre o estatuto da experiência do espectador no cinema, baseando-se no conceito de emancipação intelectual formulado por Jacques Rancière (2008). Partindo dos estudos sobre recepção, realiza uma crítica ao problema relativo à passividade do público, enfatizando a perspectiva do espectador emancipado. Ao destacar que a discussão sobre a experiência se limita, no âmbito desses estudos, à análise do comportamento do público, inferida a partir de índices de audiência, o texto atenta para o fato de não se considerar a dimensão processual e corporificada (Varela, Thompson, & Rosch, 1991), sendo o comportamento algo da ordem dos efeitos do que da experiência em si mesma. Conclui ainda que os estudos sobre recepção não dão conta do problema da experiência do expectador de modo satisfatório. Neste sentido, a emancipação surge como possibilidade de afirmação de uma concepção corporificada da experiência, que deverá ser objeto de investigação em estudos empíricos futuros. |
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