Pensando o processo saúde doença: a que responde o modelo biomédico? Considering the health-diesease process: what does the biomedical model answer to?

Com o propósito de efetuar uma crítica ao modelo biomédico, mecanicista, hegemônico na doutrina e prática que informa a medicina na atualidade, o texto parte de uma síntese histórico-evolutiva que contempla a apresentaçao das idéias e personagens chave que caracterizariam os quatro paradigmas ou mod...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: José Augusto C. Barros
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo 2002-07-01
Series:Saúde e Sociedade
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-12902002000100008
Description
Summary:Com o propósito de efetuar uma crítica ao modelo biomédico, mecanicista, hegemônico na doutrina e prática que informa a medicina na atualidade, o texto parte de uma síntese histórico-evolutiva que contempla a apresentaçao das idéias e personagens chave que caracterizariam os quatro paradigmas ou modelos que, ao longo do tempo, precederam o modelo sob estudo. Em seguida discorre, efetuando uma análise crítica, sobre o fenômeno da medicalizaçao, consequência e estímulo ao mesmo tempo para a hegemonia do modelo biomédico, contextualizando-a, brevemente, na sociedade de consumo, sob o império da lógica de mercado, tomando a questao dos medicamentos como exemplo das distorçoes advindas do incremento da medicalização e dos fatores a ela subjacentes. Ao final, comenta-se a respeito das limitações no alcance da desejada interferência positiva da medicina, uma vez feita a opção pelo modelo biomédico.<br>Aiming at expressing criticism to the biomedical model, which is mechanicist and hegemonic in the doctrine and practice that currently provide information to Medicine, the text starts from a historic-evolutive synthesis, presenting ideas and key-characters that were typical of the four paradigms or models that came before the model under study. Later, in a critical analysis, the paper describes the phenomenon of medicalization, a simultaneous consequence of and stimulus to hegemony of the biomedical model. Such hegemony is briefly put in context in consumption society, under the empire of market logic, and taking the issue of medicines as an example of distortions created by increased medicalization and its underlying factors. Finally, he comments on limitations to achieve the desired positive interference of Medicine, once the option for the biomedical model is made.
ISSN:0104-1290
1984-0470