Summary: | As questões sociais foram agudizadas pela generalização dos problemas ambientais resultantes das próprias ações humanas e que podem ser discutidas a partir de uma palavra catalizadora de todas essas incertezas: água. E que apontam para a necessidade de participação social para seu enfrentamento. No entanto, debaixo da expressão participação social se abrigam as mais variadas ações, formas e concepções do que seria uma mobilização popular, comunitária ou social na sua relação com poderes e conhecimentos constituídos. Muito já se fez em busca de padrões e na produção de métricas capazes de medir a qualidade de uma ação para que ela pudesse ser incluida debaixo do enorme “sombrero” participação social. No entanto, é justamente na busca da medida, da métrica e da matematização da participação que se perde o essencial da sua qualidade, que relativiza a sua quantidade, que é a inovação social realizada. Por isso, defendemos neste artigo que toda participação social é situada, e assim deve se registrada e estudada, e apoiada. Nesse sentido, o objetivo deste ensaio foi registrar e discutir a partir do estudo de caso da reconstrução das cidades serranas do Estado do Rio de Janeiro (Brasil) depois de 11 de janeiro de 2011, e uma determinada experiência de produção coletiva de plano de emergência, que mobilizou toda o território e toda a populaçao da cidade e a incapacidade dos governantes e pesquisadores de absorvê-la.
|