Linfoma anaplásico de grandes células associado ao implante de mama - um relato de caso

Mundialmente, o uso de implante de silicone nas mamas, seja para finsestéticos ou reconstrutivos, é amplamente utilizado. Em 2014, segundo apesquisa internacional da International Society of Aesthetic Plastic Surgery(ISAPS) o Brasil ficou em 2º lugar com 206.606 (13,1%) cirurgias de implantede mama,...

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Bibliographic Details
Main Authors: Tales Barione Reginaldo, Mark W Clemens
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2015-10-01
Series:Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba
Subjects:
Online Access:http://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/24815
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issn 1517-8242
1984-4840
publishDate 2015-10-01
description Mundialmente, o uso de implante de silicone nas mamas, seja para finsestéticos ou reconstrutivos, é amplamente utilizado. Em 2014, segundo apesquisa internacional da International Society of Aesthetic Plastic Surgery(ISAPS) o Brasil ficou em 2º lugar com 206.606 (13,1%) cirurgias de implantede mama, perdendo apenas para os EUA com 351.540 (22.3%), de um totalmundial de 1.571.689 procedimentos.13O linfoma anaplásico de grandes células associado ao implante demama (Breast Implant Associated-Anaplastic Large Cell Lymphoma, BIAALCL),é um linfoma, tipo não-Hodgkin, com incidência de 1:500.000 mulherescom implantes de mama e possui apenas 83 casos relatados até então.2,4,7,10O BIA-ALCL atinge a cápsula fibrótica ao redor do implante e ainda nãopossui patogenia bem elucidada, apresentando-se sob a forma de seroma oumassa.1,6 Devido ao pouco conhecido, o BIA-ALCL é subdiagnosticado.4,10Quando diagnosticado, ainda, sua descoberta tem média de 10.9 anos após acirurgia, podendo comprometer a eficiência do tratamento e prognóstico.1,7,8O seguinte relato visa discutir o caso de uma paciente de 72 anos,procedente de New Bloomfield, do Estado de Missouri/EUA, em que foi tratadano MD Anderson Cancer Center, Houston-TX, devido a um carcinoma invasivoprimário e recidivante, com mastectomia bilateral e reconstrução das mamascom o músculo latissimus dorsi (grande dorsal) e implantes salinos. Após 10anos, foi diagnosticada com BIA-ALCL, o qual também recidivou, sendo tratadacom ressecção da massa, implante e, na recidiva, linfadenectomia axilar total.Desse modo, o relato de um novo caso se faz importante como registroepidemiológico, bem como ferramenta para melhor elucidação das históriasnatural e clínica da doença, especialmente para o Brasil.
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