Summary: | O artigo faz uma reconstrução da teoria de Honneth sobre o reconhecimento da imputabilidade moral e social e sua complexa articulação com a formação da identidade e de seus estados de luta. Mostra-se a inter-relação entre a comunidade de valores e as condições morais das relações jurídicas. Ou seja, os ideais de justiça e os critérios pelos quais os grupos sociais avaliam moralmente o seu meio social estão mais presentes no sentimento de desrespeito do que em uma formulação racional e crítica aos princípios de valor vigente. O desafio que se coloca é se essas zonas de conflito normativo são capazes de atingir a visibilidade e o potencial de articular e coordenar uma luta social que integre os meios semânticos, simbólicos, materiais e imateriais para além das redes emotivas e morais por em que circulam cotidianamente, sem que se deixem cooptar politicamente ou se traduzir publicamente por uma semântica inadequada a suas pretensões de reconhecimento.
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