Entre o documental e o sugestivo o jardim da casa de Dona Yayá: Dona Yayá's garden

O trabalho põe em pauta as diretrizes para se restaurar um jardim, não propriamente histórico, mas com" algum significado histórico", cuja documentação era insuficiente para orientar um restauro stricto sensu. O interesse do jardim de dona Yayá, como da própria casa, reside mais nas viciss...

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Bibliographic Details
Main Author: Vladimir Bartalini
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo (USP) 2008-06-01
Series:Pós: Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.usp.br/posfau/article/view/43560
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Entre o documental e o sugestivo o jardim da casa de Dona Yayá: Dona Yayá's garden
Pós: Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP
Significado dos jardins
recuperação de jardins históricos
jardim e natureza
jardins de chácaras
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series Pós: Revista do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da FAUUSP
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publishDate 2008-06-01
description O trabalho põe em pauta as diretrizes para se restaurar um jardim, não propriamente histórico, mas com" algum significado histórico", cuja documentação era insuficiente para orientar um restauro stricto sensu. O interesse do jardim de dona Yayá, como da própria casa, reside mais nas vicissitudes da vida pessoal de sua última proprietária do que nas características paisagísticas intrínsecas. Ainda assim, apesar de praticamente destruído, ele é, de certo modo, representativo do que havia de mais comum em termos de jardins de chácaras nos arredores de São Paulo, na virada do século 19 para o 20. Além disso, os remanescentes do jardim de dona Yayá são plenos de sugestões a respeito do tempo, da natureza e também do infortúnio de sua proprietária, considerada mentalmente insana. Depois de ter sido mutilado por sucessivos desmembramentos, por aberturas e ampliações de vias, e negligenciado por alguns anos, o que restou do jardim transformou-se em bosque de vegetação espontânea, já então protegido por leis que impedem ou limitam o corte de árvores. A recuperação do jardim teve, então, de situar-se nos vãos entre os valores culturais e os ecológicos, tirando partido da manutenção compulsória do selvático, ao explorar as implicações com a desrazão da natureza ou, ao menos, com seu alheamento em relação à obra humana quando ela é deixada ao abandono.
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