Da vida ao tempo: Simmel e a construção da subjetividade no mundo moderno

A percepção da modernidade como um domínio da contingência é largamente aceita como constituindo tanto o núcleo teórico do pensamento simmeliano quanto a explicação psicológica de seu talento para o ensaio. Segundo esta perspectiva, teríamos na sua obra uma manifestação típica de uma tradição do pen...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Ferreira Jonatas
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (ANPOCS) 2000-01-01
Series:Revista Brasileira de Ciências Sociais
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69092000000300006
Description
Summary:A percepção da modernidade como um domínio da contingência é largamente aceita como constituindo tanto o núcleo teórico do pensamento simmeliano quanto a explicação psicológica de seu talento para o ensaio. Segundo esta perspectiva, teríamos na sua obra uma manifestação típica de uma tradição do pensamento moderno que adquire seus traços mais marcantes na "analítica do sublime". Esta tradição torna-se reflexiva com os proto-românticos, reconhece o próprio niilismo em Nietzsche, e finalmente esbarra com o problema da vida como tema central da modernidade. Ao desenvolver, a partir desta tradição, uma abordagem sociológica dita "impressionista", todavia, Simmel passa a definir certas condições essenciais a uma interpretação da relação entre ser e tempo - tema tão caro ao projeto heideggeriano de uma ontologia fundamental. O artigo procura investigar esse aspecto negligenciado da contribuição teórica de Simmel.
ISSN:0102-6909