Summary: | A substituição do gás pela eletricidade para iluminação pública e privada parece um processo quase automático. Contudo, há casos que mostram que este processo tem a sua diversidade. Boston ainda hoje tem bairros com iluminação pública a gás e em Lisboa o último farol a gás foi desligado na década de 1960. Analisar essa concorrência, produto da chegada de uma energia alternativa, traz luz para outras questões. Neste artigo se analisa o conflito das empresas de gás com as autoridades locais na cidade de Buenos Aires e o sucesso da eletricidade, no intuito de salientar determinadas questões colocadas pelos diferentes atores. Nas diferenças dos interesses do Município, das empresas de serviços públicos (nomeadamente gás e eletricidade) e dos consumidores pode se ver o nascimento de alguns tópicos que hoje estão completamente incorporados nas discussões sobre as infraestruturas de rede: monopólio natural, economias de escala, fiscalização dos serviços públicos etc. Mostraremos que nesta altura começa a fiscalização por parte do poder local, as reclamações pelos valores das tarifas dos serviços públicos, a procura no melhoramento da eficiência das empresas etc.
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