A RELAÇÃO MÃE-CRIANÇA: CONTROVÉRSIAS E PERSPECTIVAS NA PSICANÁLISE

Objetiva-se, aqui, demonstrar que tratamento dado à relação mãe-criança pela psicanálise está diretamente associado à forma como foi teorizada as noções de sujeito e objeto desde Freud, passando por alguns psicanalistas pós-freudianos, até Jacques Lacan. Para alcançar tal propósito, analisam-se as c...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Andréa Hortélio Fernandes
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) 2013-11-01
Series:Estudos e Pesquisas em Psicologia
Online Access:https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/revispsi/article/view/7706
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description Objetiva-se, aqui, demonstrar que tratamento dado à relação mãe-criança pela psicanálise está diretamente associado à forma como foi teorizada as noções de sujeito e objeto desde Freud, passando por alguns psicanalistas pós-freudianos, até Jacques Lacan. Para alcançar tal propósito, analisam-se as controvérsias que balizam as perspectivas clínicas de Anna Freud, Melanie Klein, Donald Winnicott e Jacques Lacan. Através desta análise, demonstra-se que estes autores podem ser reunidos em dois grupos distintos. Um primeiro grupo estaria orientado na perspectiva da relação de objeto, na qual o objetivo do tratamento seria retificar a relação originária da criança (sujeito) com mãe, tomada como objeto. Já o segundo grupo, estaria distante desta abordagem centrada na relação de objeto definida em termos de relação entre a mãe e a criança, propondo a falta de objeto como estruturante da organização subjetiva de cada homem, adulto ou criança. A partir desse recorte, revela-se a heterogeneidade do campo da psicanálise.
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