Summary: | Resumo Partindo do pressuposto de que subjetividades são produzidas a partir das dimensões histórica, política e social e baseados nas discussões de Judith Butler acerca da violência normativa, pretendemos neste artigo, diante de recortes da violência de Estado, refletir sobre os processos de subjetivação de jovens considerados em conflito com a lei. Sustentada nas práticas experienciadas na (des)construção e (des)continuidade de um ano de estágio obrigatório em uma Delegacia Especializada, a discussão articula os recortes da experiência com conceitos como enquadramento, segurança pública e polícia cidadã. Para a Psicologia é importante não só olhar para esses processos de subjetivação da juventude, mas também levantar a discussão da implicação tanto a partir da posição de representantes do Estado, quanto da posição como sujeitos e cidadãos. Concluímos, portanto, que o(a) psicólogo(a) que atua(m) na polícia deve(m) assumir um papel político de deslocar o enquadramento e legitimar uma polícia que também se implique nesse emaranhado de questões.
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