Arrependimento após a esterilização feminina no Brasil Regret subsequent to sterilization among Brazilian women
OBJETIVOS: identificar fatores sócio-demográficos associados com o arrependimento após a esterilização. MÉTODOS: trata-se de um estudo de corte transversal com dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde realizada no Brasil em 1996. A amostra é composta por 3233 mulheres em idade reprodutiva, c...
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Instituto Materno Infantil de Pernambuco
2009-06-01
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Series: | Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil |
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doaj-db2aa1f755034d608fc3de5af887d3dc2020-11-25T01:04:18ZengInstituto Materno Infantil de PernambucoRevista Brasileira de Saúde Materno Infantil1519-38291806-93042009-06-019217918810.1590/S1519-38292009000200007Arrependimento após a esterilização feminina no Brasil Regret subsequent to sterilization among Brazilian womenLuciana Freitas BarbosaIúri da Costa LeiteMarina Ferreira de NoronhaOBJETIVOS: identificar fatores sócio-demográficos associados com o arrependimento após a esterilização. MÉTODOS: trata-se de um estudo de corte transversal com dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde realizada no Brasil em 1996. A amostra é composta por 3233 mulheres em idade reprodutiva, cuja esterilização ocorreu há pelo menos um ano antes da entrevista. Um modelo de regressão logística foi utilizado. RESULTADOS: a proporção de mulheres arrependidas foi de 10,5% e a principal razão relatada foi o desejo de ter outro filho (62,7%). A chance de uma mulher esterilizada com 35 anos ou mais se arrepender é 69% menor que uma mulher com menos de 25 anos (p<0,01). Mulheres com nove anos ou mais de escolaridade são menos propensas de se arrepender do que mulheres com três anos ou menos (RC=0,75; IC95%: 0,51-1,03). CONCLUSÕES: mulheres jovens e de baixa escolaridade constituem um grupo com chance elevada de arrependimento após a esterilização. Os resultados podem subsidiar gestores de programas de planejamento familiar, reforçando a necessidade de orientações quanto à irreversibilidade do método e às mudanças que podem ocorrer na vida das mulheres durante o ciclo reprodutivo, minimizando a chance de arrependimento.<br>OBJECTIVES: to identify socio-demographic factors associated with regret following sterilization. METHODS: a cross-cutting study was carried out using data from the National Population and Health Survey conducted in Brazil in 1996. The sample comprised 3233 women of child-bearing age who had been sterilized at least one year prior to the interview. The logistic regression model was employed. RESULTS: the proportion of women regretting sterilization was 10.5% and the main reason reported was the desire to have another child (62.7%). The likelihood of a sterilized woman aged 35 years or over regretting sterilization was less than that for women aged below 25 years (p<0.01). Women with more than nine years of schooling are less likely to regret sterilization than women with three years of schooling or less (RC=0.75; 95%CI: 0.51-1.03). CONCLUSIONS: young women with a low level of education are the group that is most likely to have regrets following sterilization. These results may aid family planning program managers, restating the need for orientation regarding the irreversibility of the method and the changes that may occur in the lives of women in the course of the reproductive cycle, thereby minimizing the possibility of a woman coming to regret the decision.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292009000200007EsterilizaçãoEsterilização tubáriaBrasilSterilizationSterilization, tubalBrazil |
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OBJETIVOS: identificar fatores sócio-demográficos associados com o arrependimento após a esterilização. MÉTODOS: trata-se de um estudo de corte transversal com dados da Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde realizada no Brasil em 1996. A amostra é composta por 3233 mulheres em idade reprodutiva, cuja esterilização ocorreu há pelo menos um ano antes da entrevista. Um modelo de regressão logística foi utilizado. RESULTADOS: a proporção de mulheres arrependidas foi de 10,5% e a principal razão relatada foi o desejo de ter outro filho (62,7%). A chance de uma mulher esterilizada com 35 anos ou mais se arrepender é 69% menor que uma mulher com menos de 25 anos (p<0,01). Mulheres com nove anos ou mais de escolaridade são menos propensas de se arrepender do que mulheres com três anos ou menos (RC=0,75; IC95%: 0,51-1,03). CONCLUSÕES: mulheres jovens e de baixa escolaridade constituem um grupo com chance elevada de arrependimento após a esterilização. Os resultados podem subsidiar gestores de programas de planejamento familiar, reforçando a necessidade de orientações quanto à irreversibilidade do método e às mudanças que podem ocorrer na vida das mulheres durante o ciclo reprodutivo, minimizando a chance de arrependimento.<br>OBJECTIVES: to identify socio-demographic factors associated with regret following sterilization. METHODS: a cross-cutting study was carried out using data from the National Population and Health Survey conducted in Brazil in 1996. The sample comprised 3233 women of child-bearing age who had been sterilized at least one year prior to the interview. The logistic regression model was employed. RESULTS: the proportion of women regretting sterilization was 10.5% and the main reason reported was the desire to have another child (62.7%). The likelihood of a sterilized woman aged 35 years or over regretting sterilization was less than that for women aged below 25 years (p<0.01). Women with more than nine years of schooling are less likely to regret sterilization than women with three years of schooling or less (RC=0.75; 95%CI: 0.51-1.03). CONCLUSIONS: young women with a low level of education are the group that is most likely to have regrets following sterilization. These results may aid family planning program managers, restating the need for orientation regarding the irreversibility of the method and the changes that may occur in the lives of women in the course of the reproductive cycle, thereby minimizing the possibility of a woman coming to regret the decision. |
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