Não Verás País Nenhum

Este estudo propõe uma análise do romance brasileiro contemporâneo Não verás país nenhum, de Ignacio de Loyola Brandão (1981), cuja presença do insólito, mais que um fenômeno causador de estranheza, proporciona ao personagem-narrador o mergulho num processo de autoconhecimento que o permitirá o reco...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Gisele Reinaldo da Silva
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Viçosa 2016-07-01
Series:Gláuks Online
Online Access:http://www.brazilianstudies.com/ojs/index.php/glauks/article/view/487
Description
Summary:Este estudo propõe uma análise do romance brasileiro contemporâneo Não verás país nenhum, de Ignacio de Loyola Brandão (1981), cuja presença do insólito, mais que um fenômeno causador de estranheza, proporciona ao personagem-narrador o mergulho num processo de autoconhecimento que o permitirá o reconhecimento de sua própria história, à medida que denuncia as hiperbólicas mazelas de uma nação brasileira futura. Mais que um romance alegórico sobre a ditadura militar, a obra funciona como um convite aberto à reflexão sobre a ineficácia do esforço civilizatório de um mundo racional em crise, cuja liberdade nasce do estéril, em função de seu fundamento em um progresso inumano. Para este estudo, apoiaremo-nos nas contribuições teóricas de Freud (1978), Berman (1985), Bauman (1999) e Benjamin (1989, 2007), no tocante ao paradoxo evolutivo da modernidade, bem como em Freud (1919/ 1996), Todorov (1981), García (2008) e Bastos (2009) para a reflexão sobre o lugar do insólito na ficção irrealista brasileira contemporânea.
ISSN:1415-9015
2318-7131