Dimensões psicopatológicas e comportamentais na infecção VIH

A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana adquirida (VIH) tem sido objecto de estudo de diferentes ciências, uma vez que articula realidades biológicas, clínicas e sociais. Desde os tempos do seu aparecimento até à actualidade, os avanços no tratamento da infecção VIH têm sido notórios e fasc...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: R. Margalho, J. Velez, D. Guzman, J. Oliveira, A. Saraiva da Cunha, A. Meliço Silvestre
Format: Article
Language:English
Published: Hospital Prof. Doutor Fernando Fonseca 2008-12-01
Series:PsiLogos
Subjects:
VIH
Online Access:https://revistas.rcaap.pt/psilogos/article/view/4081
Description
Summary:A infecção pelo vírus da imunodeficiência humana adquirida (VIH) tem sido objecto de estudo de diferentes ciências, uma vez que articula realidades biológicas, clínicas e sociais. Desde os tempos do seu aparecimento até à actualidade, os avanços no tratamento da infecção VIH têm sido notórios e fascinantes. A terapêutica anti-retrovírica promove uma melhoria na qualidade de vida dos doentes e aumenta a esperança de vida mas tem associadas dificuldades no plano comportamental, ou seja, na adesão ao tratamento. O objectivo do estudo foi avaliar a influência de determinantes psicopatológicos e comportamentais em doentes seropositivos. Assim, verificámos que o padrão comportamental de risco, em ambos os sexos, é o sexual. Os homens são mais cumpridores que as mulheres em relação ao tratamento, mas são também quem apresenta índices elevados na dimensão hostilidade. Efectivamente, na infecção VIH, a percepção de controlo sobre a doença é fruste contribuindo para uma adaptação pautada por sentimentos de incapacidade. Ainda salientamos a vulnerabilidade no feminino, uma vez que as mulheres apresentaram um padrão comportamental de risco significativo.
ISSN:1646-091X
2182-3146