Etnografia da performance musical: identidade, alteridade e trasnformação

O artigo analisa os significados da performance para crianças e jovens de baixa renda participantes de um projeto governamental de ensino musical. A performance torna visíveis atores e instituição. Na performance, identidades são definidas. Na e para a performance, auto-imagens são construídas. A pe...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Rose Satiko Gitirana Hikiji
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2005-12-01
Series:Horizontes Antropológicos
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-71832005000200008
Description
Summary:O artigo analisa os significados da performance para crianças e jovens de baixa renda participantes de um projeto governamental de ensino musical. A performance torna visíveis atores e instituição. Na performance, identidades são definidas. Na e para a performance, auto-imagens são construídas. A performance é espaço de transformação. Estar no palco possibilita um exercício único de alteridade. No Projeto Guri, a apresentação é concebida como auge do processo pedagógico, locus de exibição do que foi aprendido, ensaiado, incorporado. É oportunidade de conhecer novos lugares, pessoas, é "saída para o mundo", frase que ganha ainda mais intensidade quando pronunciada por quem foi retirado da convivência social, como os jovens internos na Febem, participantes de um dos pólos do projeto.<br>This article analyses the meanings of performance for poor children and young people who are part of a governmental project of musical education, the "Projeto Guri". Performance gives visibility to the actors and to the institution. In performance, identities are defined. In and for performance, self-images are created. Performance is a space of transformation. Being on stage is an exceptional exercise of alterity. In Guri Project (Projeto Guri), to perform is understood as the main part of the pedagogical process, as a privileged moment to present what was learned, rehearsed and embodied. It's also, at the same time, an opportunity to know new places and persons, it's a "way out to the world", as said by young boys under custody of Febem, a reformatory institution, students at Guri.
ISSN:0104-7183
1806-9983