Summary: | Os estudos sobre utilização de medicamentos são
úteis aos gestores dos sistemas de saúde, uma vez
que comparam o funcionamento entre os serviços,
identificam problemas de funcionamento destes e
propõem medidas de intervenção que promovam o uso
racional dos medicamentos. Neste estudo buscou-se
caracterizar o uso de medicamentos em uma Unidade
de Saúde da Família em Salvador-Bahia. Foi realizado
um estudo descritivo de corte transversal mediante
uma análise retrospectiva das prescrições dos meses de
agosto e setembro de 2010. Utilizou-se como referencial
os indicadores de uso de medicamentos preconizados
pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Foram
analisadas 1230 receitas com 2408 medicamentos
prescritos. Evidenciou-se que o maior percentual dos
pacientes atendidos foi do sexo feminino (77%). As
classes de medicamentos mais frequentes foram: antihipertensivos
(28%), antimicrobianos tópicos (12%) e
contraceptivos (11%). O medicamento mais prescrito foi
a hidroclorotiazida presente em 20,2% das receitas. O
percentual dos medicamentos prescritos segundo o nome
genérico foi de 72%, sendo que 11% prescrito mediante
sigla ou abreviação. Foi encontrado um percentual
elevado de prescrições que continham medicamentos
injetáveis, sendo que 87,9% destes eram contraceptivos
hormonais. O número médio de medicamentos por
receita foi de 2,0. Os indicadores apresentaram bons
índices quando comparados com os estabelecidos pela
OMS, porém, alguns achados sinalizam a necessidade
do estabelecimento de educação permanente junto aos
profissionais prescritores.
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