Summary: | O artigo enfoca algumas das características da superproteção e extrema indulgência dos pais com relação aos filhos. Recorrendo a filósofos da educação, tais como Locke, Rousseau e Dewey, serão expostos os efeitos corrosivos de uma indulgência excessiva sobre o potencial de felicidade nos filhos, assim como naqueles que compartilham o mesmo espaço social. Como esses autores já o mostraram, os pais que se excedem em indulgências terminam fomentando expectativas em seus filhos para além de suas reais capacidades ou atropelando a sua iniciativa ao usurpar a sua independência. Em ambos os casos, os pais podam a autonomia de seus filhos e prejudicam o trabalho necessário ao desenvolvimento de hábitos e disposições para planejar e realizar projetos exequíveis que são fundamentais para uma felicidade sustentada e duradoura. Para simplificar, na medida em que impede o desenvolvimento de aptidões para alcançar a felicidade e desenvolver um senso de responsabilidade social, a superproteção e a indulgência excessiva se tornam uma forma disfarçada de abuso infantil
|