As mulheres no Itamaraty: as reformas do Ministério das Relações Exteriores à luz da teoria feminista

No contexto atual, nota-se que o Ministério das Relações Exteriores ainda é uma instituição marcada pela desigualdade de gênero: as mulheres são sub-representadas, ocupando apenas cerca de 20% do corpo diplomático brasileiro. A partir deste contexto de assimetria, analisamos as reformas instituciona...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Luciana Brandão, Ticiana Amaral, Douglas Fabian Euzebio, Airton Gregório
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Federal da Grande Dourados 2017-09-01
Series:Monções
Online Access:http://ojs.ufgd.edu.br/index.php/moncoes/article/view/6920
Description
Summary:No contexto atual, nota-se que o Ministério das Relações Exteriores ainda é uma instituição marcada pela desigualdade de gênero: as mulheres são sub-representadas, ocupando apenas cerca de 20% do corpo diplomático brasileiro. A partir deste contexto de assimetria, analisamos as reformas institucionais do Ministério das Relações Exteriores (MRE) entre 1930 e 1980, partindo da hipótese de que o viés sexista destas está ligado à vigente sub-representatividade feminina nos quadros atuais desta instituição. A partir de revisão bibliográfica e da análise de documentos primários, compreende-se como as tais reformas contribuíram para transformar o Itamaraty em espaço de poder "masculinizado". Conclui-se que dois tipos de obstáculos foram decisivos para a generificação do MRE: os formais, como a proibição do ingresso da mulher na carreira de diplomata; e os informais, como a prática da "agregação".
ISSN:2316-8323