Barotrauma pulmonar no intra-operatório de procedimento cirúrgico oftalmológico: relato de caso Barotrauma pulmonar en el intraoperatorio de procedimiento quirúrgico oftalmológico: relato de caso Intraoperative pulmonary barotrauma during ophthalmologic surgery: case report

JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Acidentes anestésicos graves por mau funcionamento de ventiladores mecânicos tornaram-se raros nos tempos atuais. Porém, detalhes técnicos, mesmo em aparelhos de fabricação recente, podem resultar em armadilhas para o anestesiologista e ameaçar a segurança do paciente. O o...

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Bibliographic Details
Main Authors: Affonso Henrique Zugliani, Flávia Claro, Ana Cláudia C. Mega, Marcelo F. Rodrigues, Gilblainer Ancelmé
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Anestesiologia 2008-02-01
Series:Revista Brasileira de Anestesiologia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942008000100009
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Barotrauma pulmonar no intra-operatório de procedimento cirúrgico oftalmológico: relato de caso Barotrauma pulmonar en el intraoperatorio de procedimiento quirúrgico oftalmológico: relato de caso Intraoperative pulmonary barotrauma during ophthalmologic surgery: case report
Revista Brasileira de Anestesiologia
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publishDate 2008-02-01
description JUSTIFICATIVA E OBJETIVOS: Acidentes anestésicos graves por mau funcionamento de ventiladores mecânicos tornaram-se raros nos tempos atuais. Porém, detalhes técnicos, mesmo em aparelhos de fabricação recente, podem resultar em armadilhas para o anestesiologista e ameaçar a segurança do paciente. O objetivo deste relato de caso foi enfatizar a necessidade de análise criteriosa do material em uso, assim como de detectar e tratar o pneumotórax hipertensivo intra-operatório. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 16 anos, estado físico ASA I, submetida a recobrimento conjuntival de córnea sob anestesia geral. A manutenção foi feita com isoflurano e ventilação controlada mecânica. A anestesia transcorreu sem anormalidades. Na fase final do procedimento cirúrgico, após mobilização do aparelho de anestesia para o início do procedimento de despertar, observou-se quadro de hipóxia, hipotensão arterial e dificuldade ventilatória. Retirados os campos cirúrgicos, evidenciou-se importante enfisema subcutâneo, envolvendo a face, o pescoço e o membro superior. Procedeu-se à troca da cânula traqueal, observando-se a presença de sangue em seu interior. A radiografia de tórax confirmou o diagnóstico de pneumotórax, que foi prontamente drenado. A inspeção no equipamento revelou acotovelamento da mangueira que liga a região inferior do canister ao corpo do aparelho, em função da mobilização do braço articulado, bloqueando o fluxo normal de gases e levando a barotrauma pulmonar. CONCLUSÕES: O pneumotórax hipertensivo durante anestesia geral com ventilação com pressão positiva deve ser sempre um acidente a ser considerado. Múltiplos fatores podem precipitá-lo, o que exige alto grau de suspeição sempre que estiverem envolvidos no ato anestésico-cirúrgico. O equipamento de anestesia deve ser cuidadosamente examinado para que sejam detectadas potenciais causas de acidentes anestésicos.<br>JUSTIFICATIVA Y OBJETIVOS: Accidentes anestésicos graves por mal funcionamiento de ventiladores mecánicos se hicieron escasos en los tiempos actuales. Sin embargo, detalles técnicos, incluso en aparatos de reciente fabricación, pueden ser trampas para el anestesiólogo y amenazar la seguridad del paciente. El objetivo de este relato de caso fue enfatizar la necesidad de un análisis de criterio del material en uso, como también detectar y tratar el neumotórax hipertensivo intraoperatorio. RELATO DEL CASO: Paciente del sexo femenino, 16 años, estado físico ASA I, sometido al recubrimiento conjuntival de córnea bajo anestesia general. El mantenimiento se hizo con isoflurano y ventilación controlada mecánica. La anestesia transcurrió sin anormalidades. En la fase final del Procedimiento Quirúrgico, después de la movilización del aparato de anestesia para iniciar el Procedimiento de despertar, se observó un cuadro de hipoxia, hipotensión arterial y dificultad en la ventilación. Retirados los campos quirúrgicos, se vio un importante enfisema subcutáneo, involucrando la cara, el cuello y el miembro superior. Se procedió entonces al cambio de la cánula traqueal, observando la presencia de sangre en su interior. La radiografía de tórax confirmó el diagnóstico de neumotórax, que fue rápidamente drenado. La inspección en el equipo reveló un amontonamiento de la manguera que conecta la región inferior del canister al cuerpo del aparato, en función de la movilización del brazo articulado, bloqueando el flujo normal de gases y conllevando a baro trauma pulmonar. CONCLUSIONES: El neumotórax hipertensivo durante anestesia general con ventilación con presión positiva debe ser siempre un accidente a ser considerado. Múltiples factores pueden precipitarlo, lo que exige un alto grado de sospecha siempre que estén involucrados en el acto anestésico quirúrgico. El equipo de anestesia debe ser cuidadosamente examinado para que se detecten potenciales causas de accidentes anestésicos.<br>BACKGROUND AND OBJECTIVES: Nowadays, severe anesthetic complications caused by the improper use of mechanical ventilators are rare. However, technical details even in recent models can be a trap for the anesthesiologist and threaten patient safety. The objective of this report was to demonstrate the importance of a careful analysis of the device to be used, as well as to detect and treat intraoperative tension pneumothorax. CASE REPORT: A 16-year old female patient, physical status ASA I, underwent corneal conjunctival covering under general anesthesia. Anesthesia was maintained with isoflurane and controlled mechanical ventilation. No abnormalities were observed during anesthesia. At the final phase of the surgery, after mobilizing the anesthesia device to start the awakening process, the patient developed hypoxia, hypertension and ventilatory difficulties. After removal of the sterile drapes from the surgical field, subcutaneous emphysema was evident in the face, neck and upper limb. The tracheal cannula, which contained blood, was changed. A chest X-ray confirmed the diagnosis of pneumothorax that was immediately drained. Inspection of the equipment revealed the presence of a kink in the tubing connecting the inferior portion of the canister to the equipment itself caused by mobilization of the articulated arm, blocking the normal flow of gases and leading to pulmonary barotrauma. CONCLUSIONS: The development of tension pneumothorax during general anesthesia with positive pressure ventilation should always be considered. Several factors can contribute to the development of this condition, which should be considered when they are present during surgeries. The anesthesia equipment should be examined carefully to detect potential causes of anesthetic complications.
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O objetivo deste relato de caso foi enfatizar a necessidade de análise criteriosa do material em uso, assim como de detectar e tratar o pneumotórax hipertensivo intra-operatório. RELATO DO CASO: Paciente do sexo feminino, 16 anos, estado físico ASA I, submetida a recobrimento conjuntival de córnea sob anestesia geral. A manutenção foi feita com isoflurano e ventilação controlada mecânica. A anestesia transcorreu sem anormalidades. Na fase final do procedimento cirúrgico, após mobilização do aparelho de anestesia para o início do procedimento de despertar, observou-se quadro de hipóxia, hipotensão arterial e dificuldade ventilatória. Retirados os campos cirúrgicos, evidenciou-se importante enfisema subcutâneo, envolvendo a face, o pescoço e o membro superior. Procedeu-se à troca da cânula traqueal, observando-se a presença de sangue em seu interior. A radiografia de tórax confirmou o diagnóstico de pneumotórax, que foi prontamente drenado. 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El objetivo de este relato de caso fue enfatizar la necesidad de un análisis de criterio del material en uso, como también detectar y tratar el neumotórax hipertensivo intraoperatorio. RELATO DEL CASO: Paciente del sexo femenino, 16 años, estado físico ASA I, sometido al recubrimiento conjuntival de córnea bajo anestesia general. El mantenimiento se hizo con isoflurano y ventilación controlada mecánica. La anestesia transcurrió sin anormalidades. En la fase final del Procedimiento Quirúrgico, después de la movilización del aparato de anestesia para iniciar el Procedimiento de despertar, se observó un cuadro de hipoxia, hipotensión arterial y dificultad en la ventilación. Retirados los campos quirúrgicos, se vio un importante enfisema subcutáneo, involucrando la cara, el cuello y el miembro superior. Se procedió entonces al cambio de la cánula traqueal, observando la presencia de sangre en su interior. La radiografía de tórax confirmó el diagnóstico de neumotórax, que fue rápidamente drenado. La inspección en el equipo reveló un amontonamiento de la manguera que conecta la región inferior del canister al cuerpo del aparato, en función de la movilización del brazo articulado, bloqueando el flujo normal de gases y conllevando a baro trauma pulmonar. CONCLUSIONES: El neumotórax hipertensivo durante anestesia general con ventilación con presión positiva debe ser siempre un accidente a ser considerado. Múltiples factores pueden precipitarlo, lo que exige un alto grado de sospecha siempre que estén involucrados en el acto anestésico quirúrgico. El equipo de anestesia debe ser cuidadosamente examinado para que se detecten potenciales causas de accidentes anestésicos.<br>BACKGROUND AND OBJECTIVES: Nowadays, severe anesthetic complications caused by the improper use of mechanical ventilators are rare. However, technical details even in recent models can be a trap for the anesthesiologist and threaten patient safety. The objective of this report was to demonstrate the importance of a careful analysis of the device to be used, as well as to detect and treat intraoperative tension pneumothorax. CASE REPORT: A 16-year old female patient, physical status ASA I, underwent corneal conjunctival covering under general anesthesia. Anesthesia was maintained with isoflurane and controlled mechanical ventilation. No abnormalities were observed during anesthesia. At the final phase of the surgery, after mobilizing the anesthesia device to start the awakening process, the patient developed hypoxia, hypertension and ventilatory difficulties. After removal of the sterile drapes from the surgical field, subcutaneous emphysema was evident in the face, neck and upper limb. The tracheal cannula, which contained blood, was changed. A chest X-ray confirmed the diagnosis of pneumothorax that was immediately drained. Inspection of the equipment revealed the presence of a kink in the tubing connecting the inferior portion of the canister to the equipment itself caused by mobilization of the articulated arm, blocking the normal flow of gases and leading to pulmonary barotrauma. CONCLUSIONS: The development of tension pneumothorax during general anesthesia with positive pressure ventilation should always be considered. Several factors can contribute to the development of this condition, which should be considered when they are present during surgeries. The anesthesia equipment should be examined carefully to detect potential causes of anesthetic complications.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-70942008000100009COMPLICAÇÕESEQUIPAMENTOSEQUIPAMENTOSCOMPLICATIONSEQUIPMENTEQUIPMENT