Summary: | As soroprevalências do anti-HAV e anti-HBc totais em dois grupos sócio-econômicos de Macaé, Rio de Janeiro, Brasil, foram estimadas em 1.100 alíquotas excedentes de soro de laboratório de análises clínicas, identificadas por sexo, idade, residência e segundo categoria da assistência médica: Sistema Único de Saúde (SUS) e serviços privados (NSUS). Apresentam-se as soroprevalências por faixa etária e os intervalos de confiança de 95%, testando-se a significância das diferenças entre o SUS e NSUS. A distribuição das soroprevalências (P) do anti-HAV (P = 88,8%; IC 95%: 86,8-90,6) e do anti-HBc (P = 15,3%; IC 95%: 13,2-17,6) evidenciou curva etária ascendente. A prevalência no SUS mostrou-se significativamente maior que no NSUS, para o VHA (chi2 = 31,15; p < 0,0001) e para o VHB (chi2 = 15,41; p < 0,0001). As altas prevalências refletem o padrão epidemiológico da infecção pelo VHA em regiões em desenvolvimento e a importância do componente sócio-ambiental. A proporção de < 5 e de > 20 anos suscetíveis lembra a necessidade de vacinação contra a hepatite A e a possibilidade de aumento da ocorrência de casos graves da doença. A alta prevalência do VHB entre os adolescentes sugere reflexões sobre a importância da vacinação destes grupos. Estes resultados servem de alerta aos profissionais da saúde quanto à observância de normas de biossegurança.
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