Summary: | As reflexões apresentadas neste artigo foram produzidas a partir das etnocompreensões dos candomblecistas sobre o que pensam sobre identidades, pertencimentos e memória na cibercultura dialogando com o Orunkò e as identidades que formam o povo nagô no Facebook. O digital em rede é utilizado para manter os laços familiares como estratégia de conexão e reconfiguração do estar longe, mas não estar sozinho, porque nós estamos com vocês. Esse é o sentimento produzido pelos pertencentes do candomblé que utilizam o Facebook e o Whatsapp dentrofora do terreiro. As relações são ressignificadas, utilizando os dispositivos móveis como celulares e tablets com acesso à internet, na convergência das culturas e na reinvenção da tradição das religiões Afrobrasileiras. A partir de uma perspectiva teórica engajada e crítica com a posição de etnopesquisadora que vive a pesquisa e luta por uma epistemologia do pertencimento, trago as minhas etnocompreensões do que compreendi das lutas que constituem o povo preto de axé nas redes educativas: Facebook e terreiros, a partir da etnopesquisa e etnografia virtual realizada em suas páginas no Facebook, e análise das narrativas digitais: comentários, imagens, vídeos e fotografias, apresentando questões como religiosidade afrobrasileira, afetividade e epistemologia do pertencimento.
Palavras-Chave: Cibercultura, Redes Educativas, Afroreligiosidade, Epistemologia do Pertencimento.
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