Summary: | Cabe evidenciar duas contribuições metodológicas da ritmanálise de Henri Lefebvre para o problema de como sociedade se transforma pela mediação de práticas sociais que se (re)produzem nos e através dos objetos e espaços mais ou menos tecnológicos que povoam a vida cotidiana em cidades impactadas pela possibilidade da modernidade. Elucidarei primeiramente a ritmanálise, e sua articulação com o pensamento lefebvriano. Virá à tona então a peculiaridade teórica de meu argumento, cuja pertinência empírica demonstrarei brevemente na sequência. Recorrendo a dados fotográficos e etnográficos de minha pesquisa sobre as ruas e praças públicas do perímetro historicamente mais antigo da São Paulo atual (Frehse, 2011), demonstrarei o que corpos humanos que passam ou se deixam ficar fisicamente com regularidade ali revelam sobre o ritmo das mudanças socioculturais nessa megacidade atualmente e, assim, sobre a ritmanálise como via de apreensão empírica de indícios da mudança social possível na vida cotidiana, no espaço urbano
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