Summary: | Neste ensaio apresentamos dois temas que pretendemos interligar. O primeiro, prende-se, sobretudo, com a promoção do Exercício Físico (EF) enquanto ferramenta terapêutica que tem sido negligenciada pelo sistema de saúde. Apresentamos, também, razões para que se possa potenciar os argumentos a favor da inclusão dos profissionais da Saúde e Exercício nas equipas terapêuticas. No segundo tema, abordaremos, de forma crítica, o papel que as revistas científicas poderiam assumir na consolidação da criação dos novos nichos de actividade profissional, no âmbito da saúde.Com este ensaio, e com algumas das afirmações nele apresentadas, procuramos ser provocadores e assim abrir espaço para o diálogo, pois sabemos que o correcto estará algures entre o que aqui se afirma e o que outros dirão, com o intuito de sermos todos mais eficientes na redefinição de práticas de investigação e de divulgação do saber desenvolvido de forma mais eficaz.A relação entre Exercício e Saúde, tanto física como mental, é algo que vai para quase 20 anos que tem sido alvo persistente de investigação e objecto de recomendação por parte das mais prestigiadas autoridades científicas e, no caso dos USA, pelo próprio Surgeon General. Na literatura da especialidade defende-se que a actividade física é uma forma eficaz para contribuir para a redução das mortes evitáveis. Entenda-se como mortes evitáveis aquelas que teoricamente têm lugar mais cedo no ciclo da vida das pessoas por não adesão a comportamentos que contrariam os agentes patológicos que conduzem a uma morte “antecipada”. (...)
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