AVE isquêmico pós-traumático em lactente

Introdução: Acidentes vasculares encefálicos (AVEs) em crianças são eventos raros, mas estão se tornando condições cada vez mais importantes devido à gravidade de suas complicações e inúmeras etiologias. A incidência de AVEs isquêmicos em crianças varia de 1,52 casos por 100.000 hab/ano, sendo a pre...

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Bibliographic Details
Main Authors: Izilda das Eiras Tamega, Mariana Fidelis Solla, Raquel Rebouças de Biasi Dias, Gabriela Moreira de Toledo, Bárbara Saragiotto, karine Guimarães, katia Scaganatta, Jaqueline Alves Rena, Felipe Caldeira Campioni
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Pontifícia Universidade Católica de São Paulo 2016-10-01
Series:Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba
Subjects:
Online Access:http://revistas.pucsp.br/index.php/RFCMS/article/view/29784
Description
Summary:Introdução: Acidentes vasculares encefálicos (AVEs) em crianças são eventos raros, mas estão se tornando condições cada vez mais importantes devido à gravidade de suas complicações e inúmeras etiologias. A incidência de AVEs isquêmicos em crianças varia de 1,52 casos por 100.000 hab/ano, sendo a predominância masculina um dos primeiros achados epidemiológicos do International Pediatric Stroke Study. Os AVEs em crianças diferem daqueles em adultos em 3 aspectos: Objetivo: Relatar um caso de um lactente admitida no Conjunto Hospitalar de Sorocaba com AVE pós-trauma. Metodologia: As informações contidas nesse trabalho foram obtidas por meio de análise de prontuário e revisão de literatura. Relato de caso: M.R.S, masculino, 23 meses, encaminhado de Buri/SP com queixa de Hemiparesia à esquerda e desvio de rima labial à direita há 21 dias. A mãe contou que 30 dias antes do episódio de queda, causando um hematoma subgaleal em região frontal esquerda, sem perda da consciência. Refere um episódio de crise convulsiva há 20 dias, com agitação psicomotora. chegou a levar o filho no PA de Buri devido a convulsão, porém não foi investigada. Ao exame neurológico: força muscular preservada (grau 5) em membros superiores e inferiores, porém tem dificuldade em realizar os movimentos finos das mãos (“pinça digital”). No dia da internação no PS: MSE grau 1 e MIE grau 3 com desvio de rima labial à direita e Babinsk presente à esquerda. No CHS, realizou uma tomografia de crânio que mostrou um isquemia nucleocapsular moderada à direita. Paciente recebeu alta hospitalar com melhora parcial do quadro, AAS 100mg 1comprimido no almoço e encaminhamento para o ambulatório de neurologia infantil para acompanhamento. Conclusão: Um AVE isquêmico de etiologia pós-traumática ficou como sendo a causa mais provável do quadro do paciente. Pelos altos índices de recorrência dos AVE (33%), deve ser feito o acompanhamento no ambulatório de neurologia infantil.
ISSN:1517-8242
1984-4840