A focalização como elemento configurador da aridez relacional em "Vidas Secas"
O objetivo desse trabalho é comparar o uso da focalização como elemento configurador da aridez relacional em duas mídias distintas, o romance Vidas secas, de Graciliano Ramos (1938) e sua adaptação homônima, dirigida por Nelson Pereira dos Santos (1963). Para tanto, lançamos mão da teoria narratoló...
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Universidade Federal de Santa Catarina
2012-05-01
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doaj-d5fc5ee69221481b9afb79ad46428e662020-11-25T03:37:09ZporUniversidade Federal de Santa CatarinaAnuário de Literatura1414-52352175-79172012-05-0117110.5007/2175-7917.2012v17n1p7717973A focalização como elemento configurador da aridez relacional em "Vidas Secas"Maria Bevenuta Sales de Andrade0Charles Albuquerque Ponte1Universidade do Estado do Rio Grande do NorteUniversidade do Estado do Rio Grande do Norte O objetivo desse trabalho é comparar o uso da focalização como elemento configurador da aridez relacional em duas mídias distintas, o romance Vidas secas, de Graciliano Ramos (1938) e sua adaptação homônima, dirigida por Nelson Pereira dos Santos (1963). Para tanto, lançamos mão da teoria narratológica de Gerard Genette (1995; 2008) e seus comentadores como Reis e Lopes (1988) e Gaudreault e Jost (2009); além disso, fizemos uso de teóricos da análise literária que trabalharam com o referido romance, incluindo Candido (1992) e Mourão (1971), e com o filme (BRITO, 2006). Diante de nossa pretensão, elegemos como recorte para explicitar a descontinuidade de ponto de vista os capítulos intitulados “Menino mais novo’ e “Menino mais velho”, bem como três momentos em que a família aparece reunida, e suas respectivas sequências adaptadas para a obra cinematográfica. Realizadas as análises constatamos que a aridez relacional se concretiza em Vidas secas, livro e filme, a partir de alguns elementos, tais como: a estrutura, a descontinuidade da focalização e, sobretudo, pela dificuldade de interação configurada, especialmente, pela escassez de diálogos. Desse modo, concluímos que a aridez relacional, por ser um traço característico e comum aos dois textos, reforça a presença das relações dialógicas estabelecidas entre a obra literária e a fílmica. https://periodicos.ufsc.br/index.php/literatura/article/view/23972FocalizaçãoVidas secasaridez relacionalliteratura e cinema |
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Maria Bevenuta Sales de Andrade Charles Albuquerque Ponte |
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O objetivo desse trabalho é comparar o uso da focalização como elemento configurador da aridez relacional em duas mídias distintas, o romance Vidas secas, de Graciliano Ramos (1938) e sua adaptação homônima, dirigida por Nelson Pereira dos Santos (1963). Para tanto, lançamos mão da teoria narratológica de Gerard Genette (1995; 2008) e seus comentadores como Reis e Lopes (1988) e Gaudreault e Jost (2009); além disso, fizemos uso de teóricos da análise literária que trabalharam com o referido romance, incluindo Candido (1992) e Mourão (1971), e com o filme (BRITO, 2006). Diante de nossa pretensão, elegemos como recorte para explicitar a descontinuidade de ponto de vista os capítulos intitulados “Menino mais novo’ e “Menino mais velho”, bem como três momentos em que a família aparece reunida, e suas respectivas sequências adaptadas para a obra cinematográfica. Realizadas as análises constatamos que a aridez relacional se concretiza em Vidas secas, livro e filme, a partir de alguns elementos, tais como: a estrutura, a descontinuidade da focalização e, sobretudo, pela dificuldade de interação configurada, especialmente, pela escassez de diálogos. Desse modo, concluímos que a aridez relacional, por ser um traço característico e comum aos dois textos, reforça a presença das relações dialógicas estabelecidas entre a obra literária e a fílmica.
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