Diagnóstico e tratamento da Gastrenterite Aguda – as perspectivas da ESPGHAN-ESPID e da SLAGHNP

A gastrenterite aguda (GEA) continua a ser uma das patologias mais frequentes em idade pediátrica, associada a morbi-mortalidade importante. Nos últimos anos foram desenvolvidas orientações clínicas pela Sociedade Europeia de Gastrenterologia,Hepatologia e Nutrição Pediátrica/Sociedade Europeia de D...

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Main Authors: Sofia Martins, Andreia Lopes, Cristiana Couto, Eunice Trindade, Marta Tavares, Jorge Amil Dias
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Portuguesa de Pediatria 2014-07-01
Series:Portuguese Journal of Pediatrics
Online Access:https://pjp.spp.pt//article/view/4246
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spelling doaj-d58ea0b69bc04383bf6134ff7130d84e2020-11-25T02:58:40ZengSociedade Portuguesa de PediatriaPortuguese Journal of Pediatrics 2184-33332014-07-0142410.25754/pjp.2011.4246Diagnóstico e tratamento da Gastrenterite Aguda – as perspectivas da ESPGHAN-ESPID e da SLAGHNPSofia MartinsAndreia LopesCristiana CoutoEunice TrindadeMarta TavaresJorge Amil DiasA gastrenterite aguda (GEA) continua a ser uma das patologias mais frequentes em idade pediátrica, associada a morbi-mortalidade importante. Nos últimos anos foram desenvolvidas orientações clínicas pela Sociedade Europeia de Gastrenterologia,Hepatologia e Nutrição Pediátrica/Sociedade Europeia de Doenças Infecciosas Pediátricas e pela Sociedade Latinoamericana de Gastrenterologia Pediátrica, Nutrição e Hepatologia para a abordagem e tratamento da GEAem idade pediátrica.Avaliamos as recomendações de ambos os grupos e destacamos as principais semelhanças e diferenças.Analisaram-se as orientações publicadas em 2008 e 2009 e avaliaram-se os seguintes parâmetros: metodologia de investigação,definição de GEA, epidemiologia, factores de risco para doença grave, avaliação diagnóstica, critérios de internamento e alta, orientação terapêutica e prevenção.Verificou-se que para os dois grupos, embora utilizando metodologia distinta, a re-hidratação oral constitui a base da terapêutica, com clara preferência pelas soluções de osmolaridade reduzida e hipotónicas. Ambas recomendam o aleitamento materno e a realimentação precoce. Há alguma evidência de benefício com o uso de probióticos (Lactobacillus GG e Saccharomyces boulardii), racecadotril e esmectita. Não está recomendado o uso indiscriminado de anti-eméticos, antiperistálticos ou antimicrobianos.As principais diferençasdetectadas incluíram: a indicação para o recurso aos cuidados de saúde, o uso de anti-eméticos e de zinco. A presente análise permite concluir que as principais recomendações para a abordagem terapêutica da diarreia aguda infantil são comuns para os países desenvolvidos e em desenvolvimento, apesar dos diferentes cenários epidemiológicos que caracterizam cada grupo. As diferenças encontradas estão relacionadas com características físicas, socioeconómicas e culturais da população alvo.https://pjp.spp.pt//article/view/4246
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