Summary: | O presente artigo analisa a perseguição movida pelo governo da Arquidiocese da Bahia contra Antônio Conselheiro e seus adeptos, nos sertões baianos e de Sergipe, entre os anos de 1876-1897. Durante este período o catolicismo no Brasil começava a sofrer os impactos de uma reforma religiosa implementada pelo episcopado nacional: centralização institucional da Igreja e clericalização das práticas religiosas compunham os objetivos do movimento. Para maior clareza do problema histórico analisado, é necessário compreender alguns dos aspectos da história da Igreja baiana, sediada na cidade de Salvador desde os primórdios da colonização. O Arcebispado Primaz (Arquidiocese da Bahia) foi o centro de comando da oposição eclesiástica contra Antônio Conselheiro e seus adeptos. Em diversos momentos, partiu da iniciativa de seus dirigentes, ou de seus emissários, o clamor pela eliminação do crescente grupo reunido em torno de um líder cuja atividade, autônoma em relação às instituições oficiais, se definia pelo propósito assistencial: religioso e material.
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